THERION

Complicado falar desse show, pq foi um show contraditório. Paradoxal. Ambíguo.

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Saí, assim como a Patroa, um tanto FRUSTRADO. Por culpa só nossa: quem mandou ficarmos viciados no “Celebrators Of Becoming” e em “Live Gothic”? Ela deu pela falta de “Son Of the Sun”, entre outras q ñ reconheceu. Eu ainda estou na vaga insatisfação de ter faltado algo, mesmo tendo rolado “Wine Of Aluqah” (minha preferida) e “The Blood Of Kingu” (minha outra preferida, já no bis).

Acho q esperava algum cover no final, q ñ fosse “Iron Fist” nem a “Thor”. Mas vendo o set list na internet mais tarde (há um site nerd só sobre set-lists do Therion, com estatísticas e tal…), vi q foram tocadas 23 músicas protocorlamente, assim como nos dvd’s citados. O cover, teco de som de Mozart (constante no “The Miskolc Experience”), “Dies Irae”, acabou ficando como o da vez, pelo jeito.

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Por outro lado, ñ vejo q se possa JAMAIS falar de um show meia boca desses caras.

Mesmo com formação nova (metade dos 8 ali no palco), o q se viu foi um bando de músicos do mais alto gabarito (exceção faço ao baterista, Johan Koleberg, q achei um tanto travado e ñ sabendo fazer umas firulas) fazendo HONRAR O DINHEIRO GASTO, a canseira pelo atraso da abertura dos portões (prometidos pras 17h, só rolou às 20h) ou qualquer chatice com relação a músicas q faltaram.

Faltaria alguma mesmo de qualquer jeito, já q tocaram 3 do novo recém-lançado, “Sitra Ahra”, o “cover” de Mozart e uma pá de sons q sequer constavam das turnês/dvd’s anteriores.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=2BJmRiBo86k [/youtube]

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Mérito total ao Cristofer Johnsson, q demonstra estar tb na vanguarda de shows, pois apenas 7 dos sons ali no domingo constavam do “Live Gothic”, enquanto q 6 constavam do “Celebrators”. O sujeito mexe no set mesmo, faz os músicos da vez ensaiarem de fato, assim como tb valer a vez de tocar tudo quanto é som a partir do “Theli” (já q ñ tocam sons anteriores a este), mantendo repetidos só uns 3 ou 4 de praxe… Em suma, faz show pra quem é REALMENTE FÃ.

Ñ sei se eu ou a Patroa estaríamos ainda legitimados a nos considerar fãs de verdade nesse sentido, mas… q show!

Banda bastante entrosada, o q o improviso do baixista quebra-galho Waldemar Sorychta (produtor dos caras no “Vovin”, e ainda do Lacuna Coil, Samael e etc. Fora tb guitarrista com Dave Lombardo no Voodoocult e no Grip Inc.!!) nem chegou a atrapalhar. Pois o sujeito, sendo guitarrista de ofício, foi palhetando pra baixo o instrumento, com auxílio de partituras colocadas numa estante a seu lado e, ñ estando propriamente vestido a caráter, ficou apenas bangeando à direita no palco. Meio um cidadão comum em meio a pessoas extravagantes…

(vai ver, me identifiquei ahah)

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3 dos vocalistas do “Live Gothic” ali presentes, mandando ver: a bichona Snowy Shaw, a baranguinha Katarina “Elba Ramalho” Lilja e a fantástica Lori Lewis. Junto do outro vocal novo, Thomas Vikström, q me lembrou aquele baixinho narigudo coadjuvante de desenho da Pantera Cor-de-Rosa ahah Esbanjando entrosamento – nos olhares, no cuidado de ñ se trombarem no palco, em chamar a galera (sobretudo Lori), q já estava entregue desde o início e contaminou a banda.

Era visível o espanto, sobretudo dos “novatos”, com a receptividade oferecida. Fulanos vêm lá da Europa, onde mal se dá “bom dia” e são – merecidamente, diga-se de passagem – devotadamente recebidos, como muita banda dita “grande” nem é.

(o tipo de show q eu até entendo gente orkutando deslumbrada como tendo sido o “show da minha vida”)

Tb me causou estranheza a nova gente ali presente: o guitarrista argentino (se o pessoal tivesse ficado sabendo, tvz nem tivesse reagido bem ao portunhol do cara ali numa hora ahah), Christian Vidal, parece o baterista do Krisiun com guitarra no pescoço (e é fritador mais ostensivo q o antecessor); o baterista é paradão, assim como o vocal novo, mais afeito a poses. Mas é q foram 10 anos com os irmãos Niemann, q sendo discretos ainda assim chamavam atenção. Fora Johnsson de cabelo curto e ostentando aquela pré-calvície Dave Mustaine de monge franciscano: aspectos outros pra se acostumar.

Detalhes outros interessantes: Lori tocando teclados nuns sons (ñ ficou tudo no pré-gravado. Ou será tecladista escondido atrás do palco?) e Vikström tocando uma flautinha transversal num momento ou outro, fazendo com q elementos q às vezes soam difusos na audição dos discos ganhassem VIDA, organicidade, no palco.

Vidal, Koleberg, Shaw, Johnsson, Lewis, Vikström, Lilja, Sorychta
Vidal, Koleberg, Shaw, Johnsson, Lewis, Vikström, Lilja e Sorychta

Duas horas de show, muita empatia (entre eles tb), som animal (no limite pro MUITO ALTO. Há tempos ñ saía meio surdo de show), casa CHEIA, repertório variado (tb achei ruim tocarem sons demais – foram 2 – do “Gothic Kaballah”), mas ainda muita ambigüidade: pô, parece q faltou som pra cacete!

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Banda de abertura, o tal Helllight (tinham aberto pro Tarot tb, mas eu ñ vi) ñ achei ruim, embora ache q ñ conseguiria ouvir um álbum inteiro deles. 4 músicas, incluindo cover demagógico (certo, Wagner?) de “Heaven And Hell” em 45 minutos!

Coisa mais ARRASTADA q já vi. Fazendo o Black Sabbath do “Master Of Reality” parecer o Slayer do “Reign In Blood”.