OUTRO MESMO DISCO

Foi o amigo märZ quem disse q era “outro disco” a versão remasterizada do “So Far, So Good… So What!”.

É!

Valeu a dica, amigo. Recomprado mês passado:

Único álbum do Megadeth q eu ñ havia feito questão de comprar cd (tenho ainda o vinilzão), por sempre ter tido a impressão de Dave Mustaine e seus blue caps terem entregado a demo à Capitol. E torrado todo o orçamento em droga.

Pela bio do sujeito, ficou subentendido isso. Embora estivessem afundados em heroína (guitarrista q eles tinham chamado inicialmente pra substituir Chris Poland era traficante dos bons), Mustaine no livro culpa o produtor, meio bicho grilo e nada a ver com nada. Tanto q ñ deixou o tal Paul Lani mixar, recorrendo ao Michael Waegner. Q ñ conseguiu fazer milagre.

O milagre veio com a tal remasterização, de fato. Ñ havia conhecido álbum remasterizado q tivesse ficado realmente DIFERENTE. Melhor.

Fazendo o simples: Mustaine enxugou o excesso de reverbs na bateria. Dá pra ouvir direito as caixas de Chuck Behler. E as viradas sem emboleiras. Dá pra ouvir a metralhada de 2 bumbos cometida (e até então apenas sugerida) no 2º solo em “Anarchy In the U.K.”! Dá pra ouvir passagens dele com o baixo em “Hook In Mouth”.

Tirou o monte de guitarras a mais. A ponto de dar pra perceber violão (ñ era guitarra limpa!) e naipe de metais em “Into the Lungs Of Hell”: caralho! Em “In My Darkest Hour” acrescentou um dedilhado inicial, e ñ deturpou a coisa. Fica parecendo q ficou um “vazio”: é pq a caixa da bateria está com som de caixa.

“Set the World On Fire” ficou devida, parecendo sobra do “Peace Sells… But Who’s Buying”. Sem deméritos. “Liar” e o instante chiliquento verborrágico – a la Mille Petrozza – ficou melhor. “Hook In Mouth” continua meio frágil: ñ era das melhores composições.

Por outro lado, “Mary Jane” comecei a ñ achar tão ruim. Só derivativa da própria “In My Darkest Hour”: qual teria vindo primeiro? E “502” parece ter influência de Thin Lizzy, o q a porqueira de produção e mixagem de 1988 jamais deixava entrever.

Sei lá se outras remasterizações mexeram tanto – pra melhor – nos discos pré-“Rust In Peace”. Mas o caso aqui é evidente, patente e escancarado. Continua ñ sendo o melhor disco da banda, mas tb ñ o pior. Agora se ENTENDE melhor os méritos e os defeitos. Viva a tecnologia, hein sr. Mustaine?

(e um pouco de cara limpa tb deve ter ajudado)

***

E ainda a ver, duas coisas:

  1. curioso o Metallica ñ haver remasterizado ainda os 4 primeiros discos. Será q ainda ñ juntaram dinheiro pra comprar os direitos?
  2. li resenha gringa dando q “Vapor Trails” (Rush) tb ficou outra coisa – melhor – remasterizada. Alguém por aqui já ouviu?