NOTHING UP MY SLEEVE
21 historinhas contadas sobre o No Class até agora. Entre presepadas épicas e alívios cômicos, praticamente em todas culpei os eventos, organizadores, outras bandas e “amigos”.
Resolvi pinçar hoje 5 vacilos em q tive culpa. Só eu, mais ninguém.
1 Meados de 2016 ou 2017: resolvemos (resolvi) q era melhor fazermos um banner. Pra impressionar (e impressionava).
Peguei duma sobra do caixa da banda e fui a Santo André pedir pra amigo fazer. Trampo de digitalizar o logo antes, correria. Sem medir nada (sou de Humanas, caralho), pedi um de 2×30 por 2m.
Feito. Foda. Mas ñ cabia no meu carro. Pra carregar (obviamente enrolado) tinha q pôr de atravessado à minha esquerda, alijado do descanso de cabeça e com uma ponta no painel do Logan, a outra no console traseiro (parte de trás do banco de trás).
Pra entrar e sair do carro, só pelo lado do passageiro…
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2 Pq sou pão duro pra cacete, e pra aproveitar melhor o polpudo cachê – 100% da bilheteria – q viria de tocarmos no Madhouse, em Piracicaba (da vez anterior, fora de 700 e poucos reais), resolvi q iríamos num carro só, meu Monza na época.
Éramos 3 (eu, Edinho, Cássio), minha namorada, a bateria completa (ferragens no porta malas), o baixo e a guitarra + um amplificador, acho q de baixo. Cubão. Imagina na Copa. Meados de 2005 ou 2006.
E imagina q íamos e voltávamos no mesmo dia. 320km totais.
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3 Numa vez seguinte, voltando do mesmo bar (160 km de volta, suado e cansado), minha estratégia pra driblar o sono q sempre vinha foi fantasiar um menáge a trois com duas garotas maravilhosas q estiveram no show.
Nem troquei idéia com nenhuma delas, nada. Uma era namorada de sujeito q viraria amigo de Orkut, mas deixa quieto. Os colegas capotavam no sono – Edinho, quase sempre no meio duma frase ahah – toda vez q pegávamos a estrada, ñ rolava papo. Ouvir som alto tb ñ era um artifício: invariavelmente eu estava surdo.
Fantasia sexual rolando, pau duro e pé na estrada. Quando dei por mim, estávamos em SP de volta. A viagem mais rápida de Piracicaba nesse tempo relativo ahahah
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4 Uma vez tocando em Moto Clube em Suzano (Lobos M.C.), lugar q me cedia uma bateria laminada podre (certa vez tive q calçar o surdo numa caixa de cerveja), acabei sem querer arrebentando a pele de resposta (a pele de baixo) da caixa da mesma.
Era época em q tinha uma caixa zoada, provavelmente por ter arrebentado a pele de resposta ou por conta dalgum parafuso zoado. Usava a q me dessem.
Durango q eu era, e um pouco por vergonha (poderia ter pedido número de conta pra mandar valor pros caras comprarem outra pele), ñ falei nada pra ninguém do evento – tampouco aos comparsas – no final, quando arrumamos tudo e zarpamos.
Em algum momento, acabaram percebendo.
Tvz por isso nunca mais nos convidaram a tocar lá.
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5 Num bar em Jundiaí certa vez (Aldeia), meados de 2010, numa quarta-feira véspera de feriado prolongado e em show confirmado na manhã daquele mesmo dia, abrimos prum Metallica Cover q devia ser bom, mas ñ lembro.
A aparelhagem disponível era excelente: amplis, bateria (incluindo suportes de prato e máquina de chimbau), iluminação, camarim e provavelmente cachê. E tinha P.A. pra todo mundo, inclusive pra mim. Luxo a q ñ estava mesmo acostumado.
E aquela porra tava muito alta no meu lado esquerdo. Como ñ era acostumado e estava na vibe de tocar, só me dei conta de q deveria/poderia pedir pra baixar o volume na 4ª ou 5ª música.
Resultado: fiquei 3 DIAS sem ouvir nada no ouvido esquerdo.