PONTO COM PONTO PT

Paciente q acompanho comprou outro dia uma revista musical, Blitz, q só mais tarde descobrimos ser de Portugal. Comprou por uma matéria sobre o Queen, e tem outras coisas bem interessantes, como perfil de Captain Beefheart (então recém-falecido), entrevista com Tom Zé e etc.

É uma edição de 2011, e estou com ela emprestada no momento. Ótima revista, q faz jus à Bizz nossa, da era oitentista. Ocorreu fazer um ctrl c + ctrl v analógico (copiar) duns textos por aqui, pq o Português (de Portugal) acho realmente outra língua. Nós brasileiros, a canibalizamos: poderíamos tratá-lo melhor…

I. resenha de “The Wörld Is Yours” (Motörhead)

4 estrelas, de 5. “Roqueiros de corpo e alma”, o título

“Num espectro artístico dominado pela busca incessante de tudo aquilo que soa inovador e refrescante, os Motörhead são um caso raro de lealdade ao rock puro e duro desde que o lendário Lemmy foi expulso dos Hawkwind e formou a banda no final dos anos 70. Durante as últimas décadas, o trio sempre se manteve fiel ao seu peculiar rock injetado de anfetamina e, verdade seja dita, porque raio havia de alterar uma fórmula vencedora se tanto os músicos como os fãs se sentem satisfeitos? É precisamente nesse pressuposto que assenta este The Wörld Is Yours, vigésimo registro de originais e um disco sem grandes segredos (á exceção do embiente mais soturno de “Brotherhood Of Man”), mas tão satisfatório como qualquer outro que tenha gravado na última década”.

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II. resenha de “Greatest Hits” (Queen)

4 estrelas, de 5. “Da praxe”, o título

“Os Queen começaram há 40 anos (e acabaram realmente há 20, mas essa é uma outra história) e a festa tinha que começar por algum lado. Haveria, certamente, formas mais imaginativas de abrir as hostilidades, mas a verdade é que Greatest Hits, o prmeiro best of do grupo de Freddie Mercury, lançado no início da década de 80, já precisava de uma atualização sonora. O trabalho de remasterização é competente, o que para um não-audiófilo equivale a “volume mais alto” – e já não é mau. O alinhamento é o mesmo de 1981, ou seja, a polpa da década mas criativamente excitante do grupo, êxitos atrás de êxitos e uma ou outra omissão (o primeiro single, “Keep Yourself Alive”, não lhe assentaria mal como extra)”.

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III. resenha comemorativa: 20 anos de “Metallica”

“1991, o ano de lançamento de Black Album, tanto pode ser celebrado efusivamente como recordado com alguma amargura pelos fãs dos Metallica. Tudo dependerá de que lado da barricada estaria, há 20 anos, cada amante de heavy metal. Afinal, com o disco de “Enter Sandman” e “Sad But True”, a banda californiana ascendeu a um nível de estrelato planetário que, desde então, não mais perdeu. Black Album, o título que Metallica acabou por ganhar, por óbvias razões cromáticas ligadas à capa, vendeu mais de 15 milhões de cópias só nos Estados Unidos, tornando-se no disco mais bem-sucedido em terras do Tio Sam desde 1991, ano em que se iniciou a rigorosa contagem do mercado discográfico, a cargo da Nielsen Soundscan. No top dos cartistas que mais venderam desde então, os Metallica, com 52 milhões de CDs “despachados”, só são ultrapassados por Mariah Carey, Beatles e Garth Brooks, a super estrela da música country. Serão números que se apresentam para uma banda de metal? É caso para responder: Black Album é o disco de “Wherever I May Roam”, pelo que “Nothing Else Matters”.