AMORPHIS

Fui à Galeria do Rock ontem à tarde, comprar (já) o ingresso pro Annihilator (feito!), mas tb pra acabar constatando algo: metade do público no show do Amorphis neste último domingo era de vendedores da Galeria! ahah

A 2ª melhor coisa do evento, fora o show em si, foi q desta vez ñ teve o Children Of Boredom pra atrapalhar. Finalmente estes finlandeses tiveram oportunidade de fazer o show deles, para o público deles.

E q se ñ foi uma multidão total (dado q as resenhas oficiais provavelmente omitirão: a pista do Carioca Club estava pela metade… se muito), foi um pessoal realmente devoto e fã da banda. Monte de gente cantando junto todas as letras, vibrando com material recente, mas tb muitíssimo com as coisas antigas (bem poucas) executadas. Monte de gente com camisetas, q ñ eram as do merchan “oficial” à venda, incluindo várias com logo dos tempos primordiais.

Um evento realmente underground – nestes tempos de hipérboles vãs – eu diria. O q ñ acho em nada demeritório.

Teve banda de abertura, Perception, do qual abordarei de modo diferente: fazem um prog de macho (sem teclado, inclusive), pouquíssimo afetado. Nada a ver com o Amorphis, mas tudo bem. Tocaram – bem – o indefectível cover de Iron Maiden (“Dèja-Vu”) pra ganhar a galera, q ñ os rejeitou. Tinham merchan próprio – ep, demo, adesivos, camisetas – à venda, e devem ter conseguido vender alguma coisa.

Cheguei a curtir o único som de q consegui lembrar nome: “Illuminatti”. E torço pra q ñ se tornem banda representativa de cena virtual. Pra q ñ enriqueçam currículo só com aberturas de show gringo (parece q foi a 3ª). O baterista é bão e o baixista veio diretamente da ilha de “Lost”.

A atração principal ñ tardou a chegar, e fazem show sem frescuras. Música após música. Uma breve intro pro 1º som (ñ consegui saber o nome), e o q se seguiu foi apresentação de banda tipicamente finlandesa: tirando o vocalista portuga, Tomi Joutsen (do microfone esquisito e q soava mais “alto” falando q cantando), os 5 outros pouco interagem com a platéia. O co-fundador, Esa Holopainen, manteve a mesma expressão nula todo o tempo; parece preocupar-se em expressar-se guitarristicamente, no q faz bem.

Ñ foi show demagógico do tipo usarem camisa da Seleção Brasileira, ficarem puxando o saco da gente (“melhor público do mundo”, essas merdas), e isso pra mim é diferencial: são sinceros.

Minha expectativa – pouca – era pra com sons do “Elegy”. Infelizmente, fizeram ali mesmo votação conosco pra se decidirem entre “Against Widows” ou “On Rich And Poor”, no q segundo o baterista Jan Rechberger teria dado a 2ª. Muito foda, mas esperar q tocassem o álbum inteiro e na ordem tvz fosse um pouco demais. Ah, tocaram “My Kantele” mais pro fim, menos mal.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=geYQQG7RwfA[/youtube]

Tocaram “Vulgar Necrolatry”, cover do Aborhence, do 1º álbum (mas recentemente regravada), q gerou comoção generalizada. E sons marcantes, já presentes no dvd recente, “Forging the Land Of Thousand Lakes”, ñ faltaram: “Towards & Against”, “Alone” (pra mim, a única realmente boa de “Am Universum”), “Sampo” (e foram 5 sons do “Skyforger”), “Black Winter Day” fechando antes do bis etc.

Sons novos, do “The Beginning Of Times” novo (ainda ñ ouvi), foram poucos: uns 2, no máximo 3.

Uma hora cravada de show, já iam encerrando. A Patroa, chiando: “como assim??”. Achei q fariam uns 2 sons de bis, protocolares: fizeram 3. Foram aproximadamente 17 sons – tirei foto do set list, mas ñ consegui identificar som de abertura (câmera de celular!…), como acho q tb alteraram algum coisa: ñ constava ali “In Hiding”, q me pareceu ter sido tocada.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=ao7Y-iOiacY&feature=related[/youtube]

O q me fica do Amorphis é a impressão de serem uma banda bastante prolífica – já uns 11 álbuns – q nitidamente se diverte mais tocando os sons mais recentes, o q me soa interessante, no sentido de ser banda (ainda) ñ /(já ñ mais) acomodada. Nada saudosista. E q aparentaram ñ ter aquele público “viúvo” de eras outras: quem estava ali era realmente fã e curtiu tudo.

Por outro lado, se da parte dos promotores se esperava público imenso e margem de lucro estratosférica, tvz ñ tenha havido muito disso. O q tvz inviabilize novas voltas, ou então volta a lugar modesto (e agradável) como o Carioca Club, ou até mesmo ao Hangar 110.

show do ano. Legal, no sentido de eu precisar retomar mais a discografia da banda. E acho q farei.

set-list:

1. provavelmente algo do álbum novo, ñ identifiquei 2. “Song Of the Sage” 3. “Towards And Against” 4. “The Smoke” 5. “Sky Is Mine” 6. “On Rich And Poor” 7. “Sampo” 8. “You I Need” 9. outra q ñ identifiquei, mas supus ser “In Hiding” 10. “Vulgar Necrolatry” 11. outra q ñ identifiquei 12. “Majestic Beast” 13. “Alone” 14. “Black Winter Day” / 15. “Silver Bride” 16. “My Kantele” 17. “House Of Sleep”