PRÉ-CALÍPTICO
Hypocrisy, “End Of Disclosure”
Notório conspiracionista da “causa alien“, Peter Tägtgren, CEO e produtor da lojinha Hypocrisy, tb se revelou um beócio conspiracionista antivax nos últimos anos, o q a obra-prima da boçalidade terraplanista “Worship” (2021) legou, fora a defacção do baterista Horgh.
Legou em mim tb cancelar a banda, o q o Mercado Financeiro e a ONU sequer perceberam, tampouco causou ganas em Luciano Huck e Tiago Leifert de fugirem pra Portugal: simplesmente não fui a show recente aqui (e pretendo não vê-los mais) e decidi q não compro mais nada, novo ou do q ainda não tenho, dos suecos.
Por outro lado, o ensejo da resenha é lembrar dos 10 anos de lançado de “End Of Disclosure”, pra mim um discão.
Pq se é verdade q todo disco deles é parecido – exceto “Into the Abyss” (depressivo), “Catch 22” (esquisito) e “The Arrival” (acho fraco) – este aqui acho um dos melhores.
Pq manteve algo mais do mesmo, como o timbre serralheiro de guitarra, algumas harmonias gélidas (sinestésico isso?) e o vocal à Jeff Walker (Carcass), mas tb trouxe melhora em relação ao “A Taste Of Extreme Divinity” anterior, pra mim disco de 3 faixas ótimas e as demais, mornas.
Tb acho q se equipara a “Virus” (ops – de 2005), no q se refere à coesão e algum thrash metal (sites passaram a chamar a banda de “death metal melódico”) incorporado à sonoridade. Um segundo guitarrista, como naquele, me parece q teria burilado ainda mais o material, mas não reclamo.
Reouvindo agora, destaco a faixa-título, “Tales Of Thy Spineless”, “United We Fall”, “Soldier Of Fortune” (q não é cover de Rainbow) e “When Death Calls”, metade do material, dum dos 2 discos da banda q consigo ouvir inteiro sem empapuçar.
Afinal, muitas vezes a arte é melhor do q o artista.
Tiago Rolim
24 de março de 2023 @ 17:40
“Afinal, muitas vezes a arte é melhor do que o Artista”! Frase lapidar. E certeira.
Tendo a usá-la como baliza para as decepções que não param de aparecer.
Marco Txuca
24 de março de 2023 @ 18:49
Lapidar lembra lápide. E a minha será assim:
“Nunca ouviu ‘Evidências'” ahahah
Leo
24 de março de 2023 @ 20:58
Cara… Assim como você, o Hypocrisy foi mais uma banda que eu cortei da minha lista.
E meio no nível do Pantera, pq é uma banda que eu curtia demais.
Musicalmente, o Hypocrisy é muito consistente. Mesmo os CDs mais antigos, que eu gosto menos, pq são um death metal mais tr00, são bem bons!
Eu, particularmente, ouvia mais do Into the Abyss em diante. E gosto de todos. Mesmo do Catch 22, que não é unanimidade nenhuma – pelo contrário. Rs
Gosto bastante do the Arrival e do Virus. Menos do Taste of Extreme Divinity. O End of Disclosure, se analisarmos sofisticação técnica e qualidade musical, acho o melhor CD. Embora, do ponto de vista afetivo, prefira o The Arrival.
É um baita CD.
E Tatgren tem mão-de-ouro, pq tudo que ele produz (não só como músico – aliás, multiinstrumentista – mas como produtor mesmo) fica muito bom. E tenho a impressão pelos singles que ouvi, pareceu muito bom tb.
Pena que eu não ouvi, nem numsouvirei. Rs
Leo
25 de março de 2023 @ 09:41
Só pra complementar o comentário: “E tenho a impressão *que o último deles*, pelos singles que ouvi, pareceu muito bom tb.”
Em tempo: foi ouvindo os singles que descobri “Chemical Whore” – onde ele faz uma crítica à “indústria farmacêutica” em meio à pandemia. A música gerou certo debate, Tatgren escorregou na casca de banana, e ficou evidente sua posição.
André
25 de março de 2023 @ 10:13
Lembro de ouvir alguns sons e não me empolgar. Mas, vendo quem entende do assunto comentando, dá pra fazer um ranking de albuns pra se ouvir.
André
25 de março de 2023 @ 10:16
“Afinal, muitas vezes a arte é melhor do que o Artista”! Frase lapidar. E certeira.
Tendo a usá-la como baliza para as decepções que não param de aparecer.”
Idem.
No caso de bandas como Pantera, eu simplesmente não ouço, nem pago pra ver nada do que tiver o Phil Anselmo envolvido. O que foi feito musicalmente no passado continua intacto pra mim.
Thiago
25 de março de 2023 @ 18:42
“Afinal, muitas vezes a arte é melhor do q o artista”. Como dizem os jovens: “é sobre isso”.
Leo
26 de março de 2023 @ 10:25
Em tempo, estava procurando as declarações do Tatgren por conta da postagem do blog e achei essa entrevista dele:
“Indeed, that is another story, because the investigation for the origin of the virus in China is very corrupted…
Yes, I leave it up to people to decide about that. I mean, I wrote all the lyrics for the album before the covid-19 pandemic. People are asking me now if I am an antivax person, come on, seriously, I even didn’t know about the covid-19 when I wrote these lyrics. We did the ‘Chemical Whore’ video in September 2019 for example, in Saint Petersburg. We went to L.A in April 2019 for photo sessions for this album ‘Worship’. The cover was done a couple of years before the album was out. The album was 90% done when the covid-19 shit happened and then I saw a good opportunity to recharge my batteries for half a year. So I didn’t do anything and then after half a year of that shit, I started to clean up the album and started mixing it. That’s how it is…”
https://arrowlordsofmetal.nl/hypocrisy-interview-met-peter-tagtgren-vocals-guitars/
A fala que conhecia antes era essa (aqui já traduzida):
https://whiplash.net/materias/news_725/336673-hypocrisy.html
Em suma, me parece que ele é o típico conspiracionista (tem dúvidas sobre vacina, tem dúvidas sobre as investigações da origem do vírus, …) – o que não é exatamente uma novidade pra quem já leu as letras do Hypocrisy. Rs. De toda forma, diz que não expõe outras pessoas, já que mora no meio da floresta, e, quando fosse sair em turnê, tomaria a vacina. Além disso, que as letras estavam escritas antes da pandemia.
E aí, Marcão?
Isso tira o cara da geladeira? Rs
Marco Txuca
27 de março de 2023 @ 22:36
Não sei, Leo. Ainda tem o disco q fez com o Joe Lindão lá, defensor ferrenho e bovino da causa antivax…
Ou o cabra vai alegar o mesmo q os estúdios de publicidade propagadores de fake news bostonaristas aqui, o “foi só um trampo”?
Leo
28 de março de 2023 @ 18:03
Nem sabia desse rolê dos dois.
Aliás, não sabia que o Joe Lynn Turner era antivax (não que faça qualquer diferença pra mim).
Mas o que esperar de gente que vive num país como a Suécia, que não recomenda vacinação de crianças?
Leo
28 de março de 2023 @ 18:23
Em tempo, não sabia da fita.
Um camarada me disse há pouco. Rs
https://www.tenhomaisdiscosqueamigos.com/2021/08/04/the-offspring-vacinas-doutorado-dexter-holland/