O SATÂNICO DR. NO
Notícia já tornada pública semana passada. Do Facebook de Edu Ardanuy:
“É isso aí pessoal tudo na vida tem começo, meio e fim! Depois de 23 anos de estrada nós do Dr. Sin resolvemos encerrar as atividades, talvez pelo desgaste físico e emocional ao longo de todos esses anos num cenário nada favorável ao gênero musical que tanto amamos, o tal de ‘Rock’n’Roll’ que depois de tantas mutações e subgêneros transformou-se em algo que não saberia nem definir o nome! Mas com certeza não é o mesmo Rock’n’Roll que me inspirou a tocar guitarra e sonhar em ter uma banda de rock! Estamos terminando sem magoas ou rancores, apenas com sensação de missão cumprida!
Tocar com o Andria e o Ivan foi uma grande honra pois são grandes músicos de um talento inestimável e nossa parceria rendeu grandes discos, grandes shows e muitos momentos inesquecíveis de uma longa união e grande amizade! Andar na contramão e não se render a fútil mediocridade do mercado durante mais de duas décadas acaba desgastando e acho que fomos vencidos pelo cansaço!
Agradeço pelo suporte dos nossos fãs que nos motivaram a sermos melhores a cada disco e pra vocês fica o nosso legado porque uma banda é eterna pois sua música permanece para sempre! Agradeço também a nossa equipe técnica o trio Fábio, Luan e Thiago (essas feras aí bicho!), nossos produtores Marcelo e Eliane, ao amigo e talvez o fã ‘número um’ Michel por toda sua dedicação ao fã clube e redes sociais ao longo de nossa carreira e finalmente a todos os promotores de shows de rock do país que sempre deram suporte para bandas como a nossa e são heróis porque ainda acreditam em bandas de rock brasileiras mesmo num cenário tão pouco prestigiado e renegado como o nosso!
Vamos cumprir nossa agenda até o final de 2015 e depois a vida segue, a princípio nenhum plano mas com certeza a música não pode parar. Nunca sabemos o dia de amanha mas por ora ‘No More Sin’“.
Colli
11 de agosto de 2015 @ 08:10
Nos dias de hoje isso está me parecendo até jogada de markentig.
Por outro lado o último álbum lançado saiu um merda, o que reflete o texto.
Realmente é um pena. Agora é torcer para que dessa difusão, surja outras bandas melhores ainda.
Marco Txuca
11 de agosto de 2015 @ 13:12
Sinceramente, espero q ñ. Fim marqueteiro. Pois, diferentemente dos playboys do metal melódico e dos prog metal de apartamento do Brasil, os caras são sérios.
Tenho informações de q o Edu iria sair. Parece q a insatisfação teria vindo dele. Parece terem resolvido conversar e terminar amigavelmente.
Ou mais ou menos, vide a nota do baterista, sutil numas cutucadas:
http://whiplash.net/materias/news_800/228263-drsin.html
Uma coisa acho segura afirmar: a banda NUNCA vingou realmente. E estão todos chegando aos 40 e precisando ganhar a vida. Outra coisa q sei: a banda estava atrapalhando o Ardanuy, q tem como ganha-pão as aulas q dá em conservatório e os workshops patrocinados pelo país.
Sempre foi o diferenciado-mor na banda, por mais q fossem/sejam, os três, grandes músicos. E “sonho” ñ paga conta.
E eu até gostei desse último, Colli.
FC
11 de agosto de 2015 @ 15:28
Parei no Bravo, que não curti muito. Só um adendo, eles já estão quase na casa dos 50 (Andria 49, Ivan e Edu 48). No mais, me parece que a banda sim era a atividade paralela dos três.
Marco Txuca
11 de agosto de 2015 @ 22:27
Pois é, vi a faixa etária. Mais q na hora de cair na real e parar de “sonho”.
Pareço meu pai e os pais de muitos aqui falando, mas até quando viver do “sonho” por reconhecimento?
Na minha opinião, poderiam continuar de onde estavam: disquinho de vez em quando, show em anos bissextos. Mas a infraestrutura por detrás tem q dar baixa…
Recomendo a Roadie Crew deste mês, bem sintônica ao acontecimento: entrevistas, separadas (e, felizmente, gringas!) com Alex Lifeson e Geddy Lee, falando dum iminente fim do Rush.
Impressiona ver ambos concordarem q Neil Peart quer parar, mas ñ ser o “chato” q porá fim na banda. Vai no embalo e se dedica 100%, a despeito duma tendinite no braço e duma filha de 5 anos. Lifeson, 63, vem sofrendo de artrite e fica na dúvida entre ir no embalo de Peart ou do melhor amigo.
Usam a expressão “elefante na sala”. Exatamente o q o Edu pareceu ter feito com o Dr. Sin. Foi quem o viu e lhe deu um “xô”.
FC
12 de agosto de 2015 @ 10:45
Incluo nisso aí também o Judas Priest, que parece há muito tempo querer encerrar, em todas as entrevistas há uma pista sobre isso e o K.K. já pegou o boné por também não aguentar mais. Ainda que se perceba que o sonho acabou, também não deve ser fácil dar fim àquilo que tem sido uma ocupação há mais de décadas.
André
12 de agosto de 2015 @ 13:52
“Vamos cumprir nossa agenda até o final de 2015”
Eles querem honrar todos os shows marcados até o final do ano… só que não tem show nenhum. Triste.
Marco Txuca
12 de agosto de 2015 @ 13:53
Sim, ñ deve ser. Mas existe a “saída” de continuarem gravando, tornando assim os fãs voyeurs e sem arriscar a saúde ou a sanidade.
O problema é q isso ñ da $.
***
Quanto ao Dr. Sin, parece-me haver, sim, algum rancor ou divergência mais séria. Ou terem faltado combinar falar as mesmas coisas em “nota oficial”.
Ivan Busic fez nota meio q espetando Edu e dizendo outras coisas, sem dizer muito, e parece q já lançou outra nota, meio desmentindo e meio confirmando tudo o q desmentiu e confirmou antes. Vê se dá pra entender:
“IVAN BUSIC ESCLARECE :
Amigos. e fãs. ” Venho à público mais uma vez para esclarecer um mal entendido
A declaração que Edu Ardanuy deu na sua fanpage infelizmente foi muito mal interpretada .
Agradeço muito à todos voces que escrevem coisas de coração , mas queria deixar bem claro que apesar de tudo, a banda não parou porque não conseguimos viver de musica, até porque vivemos dela desde os quinze anos, muito antes do Dr.Sin e seria mentira e estupidez dizer que o DR.SIN não foi e é uma fonte de renda muito satisfatória e tambem cuspir no prato que se come. O Rock no Brasil pode não ser fonte de milhões, porque como todos sabem, esses milhoes estão em outros segmentos. Que obviamente os valores pagos são muito mal distribuidos no mundo musical é um fato e principalmente morando no Brasil, mas desde que eu e o Andria fundamos a banda e convidamos o Edu, sabiamos que não éramos uma banda comercial. O DR.SIN virou uma grande banda e uma grande marca e eu , Andria e Edu tivemos anos de sucessos e realizações. Acima de tudo, eu falo por mim e pelo Andria Busic, sempre fizemos tudo com o máximo do coração e nos adaptando a qualquer situação que nos desse a chance de tocar o som que sempre sonhamos. Tanto no DR SIN quanto em bandas anteriores. O DR.SIN nos proporcionou sim, além de uma vida nobre e digna, muitos outros trabalhos . Muitos mesmo. Que muitos achem que somos uma banda que sempre foi injustiçada é ate um modo de percebermos o amor e respeito que vocês tem para conosco e reconhecem nossa arte. Obrigado demais sempre no ontem e no que vier amanhã.
Infelizmente as pessoas ruins e mal intencionadas se aproveitarão desse momento para falar asneiras e mostrar toda inveja e recalque . Inevitável quando se lida com milhares de pessoas mas o bom é saber que nossos fãs de verdade tem uma visão diferente das pessoas ignorantes e malignas.
Long Live Rock n Roll.”
FC
12 de agosto de 2015 @ 17:25
Exato, não dá dinheiro e, pior ainda, gasta-se muito. Coloquemos na ponta do lápis: composição, ensaio, gravação em estúdio, fotos, design do CD, prensagem, distribuição etc. Pelo visto nem por hobby o Edu quis mais continuar.
Marco Txuca
12 de agosto de 2015 @ 23:05
Aí entra o “fetichismo de gravação” tão típico do metal e do hard. Cheio de banda punk e hardcore q grava e posta na internet. Custo menor. Estamos em 2015 e nego ainda ñ descobriu o artifício?
Quanto ao Dr. Sin, ainda aposto nalgum desgaste entre os caras. Viste os posts do Ivan falando em “eu e Andria montamos a banda e convidamos o Edu?”
Bah! Quem montou a banda foi o Supla!
André
15 de agosto de 2015 @ 16:52
Frequento o fórum cifra club. Apesar de não gostar muito do pessoal de lá, de vez em quando, sai alguma coisa que preste como esse depoimento aqui.
“Fodam-se eles que sempre visaram mais fazer carreira internacional.”
Resposta ao comentário:
“Embora talvez visar esse tipo de conceito seja infavorável mercadologicamente, não creio que isso seja fator decisivo, percebi que quando tentei fazer uma negociação com o agente deles eles possuiam uma estrutura de operação que não condiz de maneira nenhuma com a demanda deles e com a realidade de receitas, de custos e por aí vai, isso torna o evento muito caro, tendo um público segmentado você de cara não vai apostar em volume de pessoas, até ai tudo bem, mas a solução para viabilizar se torna ou vender o ingresso em um valor fora da realidade, sim pode doer, mas pessoas pagam 150 reais para comer temaki ou ver o metallica, mas não há confiança no dr sin, eu como fã não aposto! ou tentar diminuir os custos com a banda…
Por isso que é mais seguro investir 12 milhões de reais no show do U2 do que uma parcela ínfima disso no show do dr sin.
Isso ainda acreditando que o dono do estabelecimento vai ceder o lugar sem te cobrar nada… O que é de uma inocência sem tamanho….
Cada um é cada um…. mas acho que eles deveriam tentar se encaixar mais na realidade, o quanto eles estudaram como músicos ou isso ou aquilo não importa…
Se o mercado não paga o negócio quebra!
Eu sou o cara mais ideológico que tem, adoro esse negocio de nao se vender, toda aquela historia bonita….
Mas as contas chegam…. discursos bonitos e atitudes bonitas não necessariamente as pagam.,…
O kiko loureiro é um grande exemplo de um cara que não é apenas um puta guitarrista….
Ele sabe fazer dinheiro, ele sabe onde ele deve abrir as pernas e porque ele vai abrir e ele sabe onde da pra tirar dinheiro….
Eh por isso que é o primeiro guitarrista brasileiro a chegar onde chegou….”
märZ
15 de agosto de 2015 @ 17:00
Nunca gostei e não tenho nada deles. Já ouvi vários discos mas passa batido, não me faz nem cócegas. Bons músicos, mas nada mais.
El Diablo
21 de agosto de 2015 @ 16:33
Teve treta sim. A banda fez um show no Gillan’s Inn e estava meio vazio, o que deu aquela brochada geral.
Outra coisa é que os Busic cobravam do Edu que ele usasse as aparições dele em outros lugares para promover o Dr. Sin, mas ele não tava muito afim.
Quanto à estrutura, eles realmente tinham um pacote de “exigências” incompatível com o público que tem e o cenário em que se dispuseram a tocar, e não cediam de jeito algum. Muito contratante deixava pra lá porque a conta, no fim, não iria bater.
Apesar de grande fã da banda, nunca caí nesse papo de injustiça: a grande verdade é que não trabalharam do jeito certo para conseguir algo maior, não aproveitaram as chances que tiveram e ficaram nesse de “vou tocar o que eu quiser”. André citou o Kiko Loureiro, que é o oposto dessa mentalidade do Dr. Sin: ele fareja onde pode dar alguma grana, se infiltra, estuda, conhece as pessoas certas e faz dinheiro tocando no Angra, fazendo banda solo, dando workshops e palestras, sendo parceiro de grandes marcas, etc.