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4 Comments

  1. Cássio
    6 de março de 2009 @ 11:09

    I) é, txuca. infelizmente essa vergonha aconteceu aqui na minha terrinha.
    vergonha por um filho da puta, um canalha que fez isso com uma CRIANÇA DE NOVE ANOS (!!!), além da irmã desta, outra criança, de 14 anos. são pessoas muito humildes como essas que são facilmente manipuláveis pela mídia e por esses grupos religiosos (de todas as tendências, diga-se) que, ao invés de procurar dar conforto ao sofrimento e iluminar a vida das pessoas que os procuram , apenas se preocupam tirar vantagem e impor a obediência cega a um deus que não lhes passou qualquer procuração assinada através de todo tipo de terrorismo psicológico.

    II) é triste ver como alguns segmentos das instituições religiosas ainda acreditam que estamos na idade média (ou idade das trevas), quando a humanidade vivia entre o temor a deus e o pavor ao diabo; e quando a igreja mandava qualquer um que questionasse suas doutrinas diretamente para o fogo e mandavam em todas as decisoes políticas. como conseguiam falar de um deus de amor, perdão e misericórdia e promoverem medo e morte em nome desse mesmo deus???

    III) vergonha pelo que acontecerá ao cara que acabou com a infancia dessa menina. pela “justiça” brasileira, esse “cabra safado”, como dizemos aqui no NE, ficará pouco tempo na cadeia, terá muitos benefícios e logo estara´nas ruas de novo…

    IV) esperar o que de um dos líderes de uma igreja que nega o holocausto, pouco (ou nada ) fez pelos excluídos, condena o uso de preservativos (!!!) e por aí vai? são posiçoes totalmente incoerentes com o mundo em que vivemos. perguntas: será que todos os fiéis que fazem parte desta instituição seguem à risca todas as regras que lhes sao impostas? se isto acontecesse membro de suas famílias (fillhas, irmãs…), como reagiriam? é fácil ser a pedra, difícil é ser a vidraça.

    IV) será que ele se lembrou de excomungar o reponsável pela verdadeira atrocidade? será que o bispo teria a moral de excomungar todos os bandidos e assassinos (inclusive aqueles que pagamos os salários e deveriam nos proteger) que lotam as nossas ruas e cadeias e na realidade impõem as novas regras que temos que obedecer? e os padres que saciam seus desejos carnais sejam eles pedófilos, homo ou heterossexuais, estes também não violam as “leis de deus”? por que não são excomungados também?

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  2. Yulo Braga
    6 de março de 2009 @ 21:27

    Pertinente esse assunto e pode-se analisar pela seguinte ótica :
    Ele como lider religioso,opina segundo sua fé e crença, e decide baseado nelas.
    Daí não ser incoerente a decisão ou manifestação sobre o assunto.
    Julga-lo pela instituição a que pertence e defende,não cabe nesse assunto.
    O que fica estranho é :
    Quem cala consente?

    Será que o Deus do Arcebispo é diverso do Deus Judaico,Budista,Islamita ou Evangelico?

    Ou será que está polêmica, não lhes dizem respeito?

    Pois não li ou ouvi manifestação contrária ou favoravel a nenhum dos lados dos lideres dessas religiões citadas acima.
    Posso então concluir que, os lideres de outras crenças aceitam o aborto,nestas circunstâncias?
    E se sim, o Deus destes outros lideres é diverso do católico?

    A atitude do Arcebispo foi correta?
    Pela ótica, já citada acima, talvez.

    Porém, na minha opinião, é hipócrita.
    Pois, aonde estava a igreja do arcebispo na vida dessa familia,ou até mesmo de qualquer outra igreja?
    No minimo distante.
    E agora, que a desgraça está feita, vem defender a vida? deveria estar lá antes,ou pelo menos, mais próximo do seu “rebanho”.
    Pois, excomungar quem toma uma decisão dessa,em cima de um
    pedestal, é fácil.

    Acredito que os médicos tomaram a decisão baseado em dados, daí respeita-la.

    Outro fato estranho:
    Vcs, por acaso, leram alguém se manifestar,contra decisão desse aborto,dizendo como essa criança cuidaria das crianças recém nacidas?
    Pois é,julgar é fácil, solucionar ou restituir um pouco a dignidade desta criança vc não ler.

    Outra coisa, e aí poderemos entrar no assunto metal:
    E se,descobrissem,que o estuprador é headbanger, ou na linguagem dessa mídia burra,”metaleiro”, vcs acham que não teriamos uma manchete do tipo :

    “Padrasto “metaleiro” engravida enteada de nove anos”?????????

    Mas, como provavelmente, eles,padrasto e mãe, escutavam Ivete´s e pagodeiros e viam lixo televisivos, esse “fato” fica encoberto.

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  3. Danny
    9 de março de 2009 @ 22:37

    O Cassio ja disse td q eu penso.. essa noticia me deixou puta mesmo.. inconformada com o filho da puta q fez isso com uma criança e com o idiota q excomungou os medicos. arcebispo ia cuidar da criança? assumir os riscos da gravidez? cuidar do psicologico da menina?

    ridiculo né…

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  4. Marco Txuca
    13 de março de 2009 @ 03:49

    A melhor q vi sobre o assunto (q repercutiu por aí). Na coluna de Contardo Calligaris, psicanalista meio caga-regras q escreve na Folha De S.Paulo às quintas-feiras.

    Ontem, dia 12:

    No meio da semana, o arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, declarou que os que estivessem envolvidos na interrupção da gravidez da menina (a mãe, os médicos, os enfermeiros) fossem excomungados. Agora, o padrasto não; pois o crime dele seria mais leve. Isso, segundo o bispo, é a “lei de Deus”. O bispo se confundiu: essa não é a lei de Deus, é a lei da Igreja Católica.

    E faz alguns séculos que essa igreja não tem mais (se é que um dia teve) a autoridade moral para ela mesma acreditar que seus decretos sejam expressão da vontade divina. Portanto, sua persistência em tentar convencer os fiéis de que a voz da igreja coincide com a voz de Deus se parece estranhamente com a conduta do padrasto da história (e de qualquer pedófilo): trata-se, em ambos os casos, de tirar proveito da “simplicidade” de crianças e ingênuos.

    (…)

    O dia em que ele quiser ser cristão, ele nos dirá, com suas palavras, por que e como, em seu foro íntimo, acha o gesto de quem interrompeu a dupla gravidez de uma criança de 30 quilos muito mais grave do que a abjeção de um padrasto que, por três anos, estuprou suas enteadas.

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