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17 Comments

  1. Pagé
    27 de julho de 2010 @ 15:44

    Vou falar como um músico que já caiu nessa.

    Com a minha antiga banda Carrascos, depois de uma demo-tape (sim estamos falando do milênio passado, mais propriamente 1998) ter sido bem avalidada pelas conceituadissimas (e únicas fontes de referências) Roadie Crew, Metal Head e Rock Brigade, e ainda alguns outros zines, entrou em contato um cara chamando para participar de uma Coletânea, com direito a Duas faixas, dentre 18 que estavam sendo comercializadas.

    Não me recordo o valor exatamente, mas era algo em torno de R$ 200,00 para “ganharmos” 100 cópias da coletânea. Parecia um bom negócio, pois ao invés de gravarmos a demo sozinhos e bancar a prensagem mínima de 1000 cds a R$ 1500,00 reais, iriamos ter 100 cds com nosso trabalho em mãos, e ainda teriamos outras bandas vendendo o delas com o nosso incluso, ou seja teriamos 1000 cópias do nosso trabalho pagando apenas 100. Fora isso o cara prometia ampla divulgação e tals.

    As presepadas começaram logo depois de enviar a Master das gravações que fizemos em SP.

    Presepada 1 – Enviar o material para o RS onde o cara tava. Mandamos pra lá e não sei que rolo que deu que tivemos que mandar outra cópia pro cara.

    Presepada 2 – Pagamos o frete superfaturado dos CDs, que simplesmente fizeram o percurso: Barueri-SP, Pelotas – RS e finalmente São Paulo – SP. A caixa com 100 cds saiu um pouco caro na época pra pagar essa viagem desnecessária para nós. Mas provavelmente o cara pagou os 1000 cds pra chegarem na casa dele e depois mandar pras bandas.

    Presepada 3 – A divulgação foi pífia, saiu uma notinha na brigade, mais alguns zines, e em apenas 3 meses depois de sair a nossa coletânea o cara já tava recrutando bandas para o próximo volume.

    Em uma época que não tinha MySpace, uma conexão rápida era de 56kbps pelo telefone, e apenas metade das pessoas tinham acesso à internet, era sim uma aposta legal. Mas hoje acho extrema burrice, mesmo porque não compro nem CD que já conheço.

    Com certeza o cara da colêtanea viu uma maneira de tirar um troco, principalmente pq tinha um estúdio no RS, onde ele grava muitas bandas de lá para entrarem na coletanea, o cara viu como ganhar algum dinheiro em cima de um pessoal que tá afim de divulgar o seu trabalho mas não tá podendo gastar o que deveria.

    Aproveitando o espaço vai merchan, afinal ainda tenho uns 20 CDs da coletânea parados em casa:

    Rock Soldiers Vol. 3.
    Carrascos além de ter a participação especial (além da produção) do Pompeu (korzus) na faixa Blood in The Sky, contava na época em sua formação com o baterista Rodrigo Oliveira (Atual Korzus). Thrash de primeira segundo a Metal Head, e uma promissora banda de Power Metal segundo a Rock Brigade (até hoje não sei pq caraio rotulam tanto as bandas desconhecidas). Quem tiver curiosidade ou apenas quiser ajudar a liberar um espaço em casa o CD tá aí por 20 reau, aceito cerveja como parte do pagamento.

    Além do carrascos tem o som de primeira do Nothing Face, e os curiosos UsComePeixe.

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  2. Cássio
    27 de julho de 2010 @ 22:33

    txuca, acho que o pagé fez um bom panorama da situação…

    acho q hj em dia é sem sentido uma banda/ artista embarcar nessas iniciativas cheias de boa vontade. a internet está aí – mesmo quem nao tem em casa, pode acessar na casa de um amigo, lan, escola e por aí vai.

    tb acho q uma banda tem que ter um minimo de dominio sobre as técnicas de estúdio; a tecnologia tá tao acessivel que vale a pena – pra quem quer investir nesse ramo – começar a pensar com calma e seriedade em estúdios caseiros, sem cair na mão de picaretas ou aventureiros, mesmo q bem intencionados.

    as coisas mudaram muito rapidamente. mesmo o CD ja ta virando coisa do passado. nao tenho nem nunca tive banda, mas pelo que vejo, o caminho é divulgar pela net mesmo e cair na estrada e fazer shows em botecos mesmos, vender os CDs, LPs e outros acessórios diretamente ao público mesmo.

    em suma: se a questão é bancar por conta própria estudio , produção, divulgaçao e etc, o façam por si mesmos. lembro q essas iniciativas nos 80´s, ja eram cercadas e criticadas por problemas já discutidos e muitas vezes as bandas levavam muita rasteiras. a informação tá na cara de todos e naõ da mais pra cair nessas.

    txuca, pra finalizar: acho q um modelo economico q se encaixaria pra analisar a situação é a “Teoria do investimento Q de Tobin”. ela relaciona as decisões de investimento do consumidor diante de suas perspectivas de retorno (lucro)e incertezas (risco). tenho o material em alguns livros aqui , mas se vc se interessar, com certeza tem algo na net sobre o assunto.

    valeu!

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  3. Marco Txuca
    28 de julho de 2010 @ 02:03

    Acho q todos q têm ou já tiveram banda de som próprio já passaram por PRESEPADAS dessas.

    Minha 1ª de som próprio, Requiem, foi convidado a participar do “Falange Rock 1”, no longínquo 1993. Mesmo esquema de pagar pra ter umas cópias embaixo do braço e sair vendendo pra parente. Diferença ter sido a única da série a sair ainda em VINIL.

    Monte de vinil sobrou comigo, dinheiro arrumado (bastante, ñ lembro quanto) na ILUSÃO de realizar sonho, aparecer (sei lá pra quem, mas aparecer), com promessas de shows de lançamento… quando o q rolou foi o Blargh Jack de 3ª à noite (pra minha mãe, q nos levou, e as outras bandas) e um boteco fuleiro em Interlagos.

    Participamos tb dum mega festival em Carapicuíba, a convite duma das bandas participantes, daquele esquema de mesmo ampli pra 10 bandas. Fomos a penúltima, e a hora em q encerrávamos, com “Raining Blood”, o ampli de guitarra estourou de vez, impossibilitando a banda principal – e q tinha arrumado o esquema – ñ conseguir tocar…

    No mais, fico pensando q entre as “inúmeras dificuldades do Underground” está essa laia de caras de pau q ficam propondo coletânea pra se fazer em cima da ingenuidade das bandas de metal, aliás, estilo das bandas mais INGÊNUAS do rock. Vide coletâneas, gana em querer ir pro Wacken, pagar pra abrir pra gringo e etc., achando q dá em alguma coisa.

    Dá em porra nenhuma.

    ****

    Pô, Cássio, legais as recomendações. É a hora de eu fazer cara de conteúdo e dizer q entendi alguma coisa. Trocando em miúdos, o conceito q vc explanou ali é o português claro “jogando dinheiro fora?” ahah

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  4. Yulo Braga
    28 de julho de 2010 @ 12:42

    Porra!!!
    Eu sou muito ingenuo mesmo !!hahahah
    Putz eu gosto demais dessas coletâneas!!!
    Pena que cheira a trambicagem!!!

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  5. Marco Txuca
    28 de julho de 2010 @ 13:26

    Tvz, cara, por tua curiosidade e por vc ser público, ñ banda. Imagina ter q custear já a gravação do próprio bolso, mais 70 conto pra entrar na coletânea, com direito a 10 cópias apenas.

    E aí, se quiser comprar mais pra vender mais, morrer com mais 3 contos por cd.

    Na real, o economista ali em cima nem precisa detalhar o prejú: gaste-se apenas na gravação, pague uma breja prum amigo on line (ou pegue alguém da banda com tal traquejo) e ponha no You Tube e no myspace, e se for o caso, faça umas 10 cópias em cdr mesmo, com capinha xerocada [custando 1 real a mídia, 20 centavos o xerox: 12 reais no todo], q tem quem ache mais true eheh e venda a 5 conto pra quem ainda for fetichista tipo eu e vc.

    Se vender os 10 ganha 50 contos, 38 reais de lucro. Com ganhos progressivos na medida em q vender mais, podendo-se até gastar em cópias “exclusivas” de capinha em xerox colorido (q custa 1,50)…

    O cara tá ganhando um dinheiro (R$ 1050,00) lascado pra posar de filantropo. Deve ter uma gráfica ou o pai trampar num xerox, q vai conseguir esquema de graça e ñ vai gastar 10% do q ganhou em envios pelo correio.

    Fora ganhar com as cópias extras. Tudo em nome do underground.

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  6. Banderas
    28 de julho de 2010 @ 13:57

    Velho, essa situação é delicada! Se essas inumeras coletâneas fossem REALMENTE divulgadas seria uma boa idéia, mas, para ser realmente divulgada, você precisa desembolsar uma quantidade de dinheiro maior para comprar mídia para a coletânea, dinheiro que as bandas undergrounds não tem.

    Reply

  7. Marco Txuca
    28 de julho de 2010 @ 14:06

    Ñ tem, e eu duvido q quem organiza essas paradas tb tenha, ou disponha de parte do q está ganhando, para tal.

    Vai é mandar email pra RC e RB anunciando (e mandar cópias pelo correio ao custo baixo), fazer uma cópia sem capa pro zine dos amigos, anuncia num whiplash de graça, e é isso ae.

    Vc ñ acha?

    Reply

  8. FC
    28 de julho de 2010 @ 14:28

    Eu vou mais ou menos na cola do que o Yulo falou. Por eu ser público, bati o olho e achei “interessante”. Depois de ler como é que funciona o lance na real, acabou caindo a ficha.

    Agora uma outra questão. Vamos supor que o negócio fosse sério, de gente interessada no progresso do underground, que fosse profissional, empenhado em ajudar e bla bla bla bla. Mesmo assim, não seria um tiro no pé?

    Afinal de contas, mesmo com toda a divulgação do mundo, qual a probabilidade de vender ao menos 10 cópias para “não amigos” e “não parentes”?

    Eu me lembro daquelas coletâneas “Hellion Collection” e “Death… is just the begining”, que tinham bandas conhecidas e suporte de gravadora e hoje em dia acho que nem são mais feitas.

    Reply

  9. Cássio
    28 de julho de 2010 @ 14:35

    pessoal, vcs que tem banda esqueçam essas histórias e arregacem as mangas, banquem a própria produção dos seus sons , divulguem pela net e ao mesmo tempo, no velho e bom esquema dos flyers, com informações básicas; CDrs a preço acessíveis (mas com produção razoavel) nos shows; não invistam nessas picaretagens.

    txuca, os conceitos q porcamente falei ali em cima tem a ver com decisoes de investir – que podemos aproveitar aqui – a banda tem a decisao a tomar: investir o pouco q tem diante de tanto risco e de uma perspectiva de retorno tao remota. vale a pena? outra: desde 1999, quando começou a se falr em pirataria de CDs, foi divulgado q um CD original , completo (midia, encarte, caixa) nao custava $ 3,00 devido à larga escala de produção. será q esse raciocinio tb nao pode ser aplicado nessa situação?

    pessoal, olho vivo nessas iniciativas. hj em dia temos todas as informações a nosso favor. cair em algumas roubadas é, no mínimo, ingenuidade.

    Reply

  10. Rhatto
    28 de julho de 2010 @ 18:08

    Faz tempo que não apareço mas vou deixar minha contribuição. Em 2010 pra que CD???

    Para que midia fisica??? Para pagar pra prensar? Para pagar distribuidor?

    Cara tem distribuição melhor que online? sem filtro por parte da midia, o unico filtro e o publico.

    Agora para q estudio? Serve no maximo para gravar a bateria. Procurem no youtube MAR DE TREVAS, do Leptospirose. Eu gravei sozinho as 3 da manha de uma segunda. Usando um microfone fuleiro que veio com o PC, meu violao giannini, uma placa de som podre e o Sonar 8 pirata.
    Gastei 2 horas para gravar as vozes e os varios violões. Mais umas 5 para mixar.
    Não ta otimo mas para uma primeira vez acho que deu um bom resultado.

    Hoje em dia cada um e musico, produtor e distribuidor. Coletaneas foram importantes na epoca em que era dificil gravar e mais dificil ainda distribuir. Esse tempo ja passou.

    Reply

  11. Marco Txuca
    29 de julho de 2010 @ 02:45

    Fantástico ponto de vista, Rhatto. Com o qual eu concordaria 100%, a ñ ser por:

    1) ñ ser exatamente todo mundo tão familiarizado com tecnologia. E se a banda der o azar de ninguém saber fazer um ctrl c + ctrl v, quanto mais gravar ou mixar?

    2) tá cheio de banda q prefere ñ fazer nada com as próprias mãos, iludidos com o falso encanto de se ter um cd gravado, lançado por gravadora. Pq se promete show de lançamento, lançamento no exterior, essas merdas.

    Falarmos em bandas bancarem seu próprio som, gravação e conquista de público é pensarmos tb em uma MUDANÇA DE ATITUDE q ñ vejo arrefecer neste sentido: tá cheio de banda q ñ é nada, e q quer tocar por último (em festival com muita banda), q vai tocar em boteco e quer beber de graça (fora levar dúzias de “amigos” de graça), e q, nesse sentido, ñ enxergam um palmo à frente do nariz.

    Quanto mais projetarem uma carreira a médio e longo prazo em q os retornos ñ sejam MÁGICOS e IMEDIATOS.

    Ao mesmo tempo, algo q vc sugere tb ainda faz sentido: estúdios ainda existirem. Pois, pra se gravar, se necessita ainda, sim, gravar bateria ou auxílio pra mixagem com gente q entenda melhor do riscado (e até com visão de fora em relação à banda) q nós, meros mortais.

    O Sarkaustic, banda do Marcão Bissexto por aqui, gravou a (boa) demo “S.O.S.” no computador em casa, ficando só a bateria e a mixagem a cargo de profissionais.

    Diminui-se os gastos, otimiza-se o empenho, pois se evita, p.ex., os pânicos existentes em estúdio quando se erra e se tem q ficar tentando, tentando, tentando até acertar.

    Enfim, como diziam os marxistas, os “meios de produção” para confecção do fetiche chamado ÁLBUM, no acrílico semi-obsoleto chamado CD, têm q ser apropriados (pagar estúdio pra gravar, gravar, fazer cópia, fazer capa, vender embaixo do braço), sim, pelas bandas. Mesmo q por pessoas de confiança dos integrantes. O problema, em suma, é q Ñ VEJO tanta gente a fim disso…

    No “meio” (jamais “cena”) do metal brasuca, tá cheio de gente q quer tudo na hora, e do bom e do melhor, sem ter q fazer muito esforço. Daí, entre outros motivos, a FALÊNCIA da cena inexistente.

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  12. Pagé
    29 de julho de 2010 @ 09:33

    Acho que vale mais a pena pagar uma grana pra abrir show pro frAngra em feira de anime, do que participar de uma coletânea dessa.

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  13. Alan Pascal
    29 de julho de 2010 @ 10:21

    Camaradas, de fato existem softwares que simulam perfeitamente uma batera. Chega-se inclusive a emular as variações de um baterista humano. Se a bateria estiver bem programada, duvido que alguém consiga diferenciar. O mesmo ocorre pra baixo, piano, etc. Já a guita é mais complicado, ainda não vi um software que seja 100%.

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  14. Marco Txuca
    29 de julho de 2010 @ 11:12

    Mas então, Alan, esse negócio de software levanta, fora a questão q já propus acima (em “11”) de bandas e estúdio q muitas vezes ñ os têm – e eu e Pagé passamos por experiência ruim recentemente, de gravarmos em estúdio q resolveu “melhorar” o som da bateria e ficou uma BOSTA.

    Tirou a pegada, ficou artifical, viradas ficaram todas iguais, parecendo música ruim de videogame. Discutimos com o cara lá, q pareceu ñ se conformar, afinal havia oferecido algo “ótimo”…

    E ainda uma outra questão ÉTICA: fazer uso desses softwares, q ñ pra realçar qualidades (ao invés de esconder defeitos) ñ é trapacear??

    Pergunto por perceber recentemente montes e montes de álbuns, sobretudo gringos, de bandas q acabam ñ fazendo exatamente o q está no disco, ou q, ao fazerem igual, estão enganando o público tal e qual fazendo uso de software tb no palco.

    Amanhã, até pra exemplificar, resenharei uma porcaria de disco do Meldrum q comprei este mês, prodigioso nesse sentido.

    E ainda uma outra aresta: tvz muito do metal brasuca recente perca em credibilidade devido ao (mau) uso perceptível dessa artimanha, ñ é ñ??

    Reply

  15. Yulo Braga
    29 de julho de 2010 @ 14:12

    Pois é…E pegando o embalo de Txuca

    Não vejo o CD apenas como fetiche.
    Acho o CD uma forma legal de divulgação.
    Pois demonstrou, no mínimo, TRABALHO.

    Óbvio que estou contra a corrente, mas se banda depender de myspace ou afins para que eu a conheça, vai fechar.

    Pois é muito cômodo a banda ficar em casa, com acústica ruim, e “editar” o som e vender.
    Veja o exemplo do Drowned.Deve ter uns 6 discos lançados.Todos com gravação em computador.

    E é nítido que o som é “artificial”.
    E quando botam no cd, fica aquele som mequetrefe deles.

    Não é nem de longe um termo que tenho lido ” o som está orgânico”.

    E aí o esquema de você ir a um estúdio, com acústica adequada, e gravar ser muito mais que só um fetiche.
    Eu penso como uma etapa, obrigatória, para os músicos, se forjarem na tentativa e erro, claro minimizado isso com uma pré-gravação caseira, no desenvolvimento do seu talento
    do que simplesmente achar que essa gravação caseira é a final.

    E essa “facilidade” e comodidade, nivela o meio metal por baixo.
    Há quanto tempo não temos mais aquela banda que fez um CD FODA? tipo “Reign in Blood”?

    Reply

  16. Alan Pascal
    29 de julho de 2010 @ 17:19

    O mais importante nessa história é o artista ser honesto. Gravar o que ele sabe, sem artifícios que não possam ser reproduzidos ao vivo. Outras questões são discutíveis, por exemplo, até que ponto é viável uma banda independente gravar um CD nos moldes tradicionais. Sabemos que sem um trabalho forte de divulgação e distribuição o encalhe das bolachinhas é inevitável. Então me parece razoável utilizar a internet para lançar um álbum que fora produzido pelo menos parcialmente num computador caseiro. Quer gostemos ou não a internet é um fato e não sabemos ainda como ficará o consumo cultural num futuro próximo, pois é provável que em poucos anos o compact disc será o que o LP é hoje.
    Já a qualidade da gravação vai depender sobretudo da capacidade técnica de quem está mixando, pois os recursos estão mais disponíveis do que nunca. Já participei de produções feitas em ambiente analógico, hídrido e totalmente digital e posso garantir aos senhores que uma gravação pode soar orgânica, natural e com pegada em qualquer das alternativas, assim como pode ficar desgraçadamente artificial se captada em arcaicos gravadores de rolo. O que pesa mesmo é o know-how de quem opera as máquinas.

    Reply

  17. Marco Txuca
    29 de julho de 2010 @ 22:59

    Achei os últimos 2 comentários soberbos, bastante pertinentes e demonstradores da dicotomia em q vivemos.

    Em q um argumento ñ anula o outro, muito pelo contrário.

    Gostaria de ter a capacidade de síntese pra ter dito coisas assim antes por aqui mesmo. Por ora, vou digerindo mais alguma coisa até conseguir acrescentar ainda algo.

    ***

    No mais, acho q vou respondendo ao Yulo: últimos álbuns realmente FODAS no metal acho q foram os solo do Bruce (“Accident”, “Chemical” e “Tyranny”) e o “Resurrection”, do Halford.

    Coincidentemente, todos produzidos pelo Roy Z, q errou a mão ao produzir o Judas e ficou no meio termo com o Helloween…

    ****

    E o fato, Alan, é q de alguma maneira, todo processo de gravação é artificial: a banda ensaia e toca toda junta; na hora de gravar, é tudo separado. E mesmo assim o barato é sermos “enganados” com isso, acharmos até inconcebível o fato: lembro dum amigo q falava q ñ conseguia imaginar Dave Mustaine gravando voz e guitarra separada. Pela IMPRESSÃO COESA q o sujeito transmite. Sei lá.

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