3 POR 10

Historinha a tôa de q me lembrei:

meados dos 90’s (ñ lembro o ano), morava ainda com meus pais e meu irmão, q tocava baixo numa banda de metal melódico metida a prog e volta e meia aparecia em casa com algum amigo metaleiro no salão meio porão de casa, onde ficavam o computador e o som, quase sempre em horas q eu estava por lá mexendo num, no outro ou em ambos.

E tinha um amigo mala dele, de apelido meigo “Satã”, q certo dia descobriu q eu tinha o “KZS”, do Korzus – espaço para o espanto geral. Pronto? – e teve então início uma saga interminável dele me encher querendo comprá-lo. Toda vez q ele aparecia perguntava quanto eu queria por ele.

E eu ñ queria nada por ele, simplesmente pq até hj ñ vendo cd meu. Mesmo o “KZS”.

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Vezes e vezes o sujeito aparecia e tinha só esse assunto comigo: quanto eu queria pelo cd. Ñ queria nada e falava pro cara arrumar uma mídia, ou uma fita, q eu o copiaria de boa. Sem acordo.

Belo dia resolveu oferecer o “Sound Of White Noise”, discaço do Anthrax em troca. Eu já o tinha gravado (em fita) e era true: pra q tê-lo se já tinha? A insistência perdurava: oferecia o cd mais alguma grana. Cara chato.

Belo outro dia, resolveu oferecer o “Sound Of White Noise” e o “A Small Deadly Space”, do Fight, em troca. Nem: tb já tinha esse do Fight em fita, e eu lá insistindo pra ele trazer uma fita, uma mídia, q era só eu copiar.

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No dia em q a história me cansou mesmo, fez a mesma última oferta, a q eu rebati: “cara, vá à Galeria do Rock, q vc acha o “KZS” por 10 conto!”.

No q obtive a resposta mais INÚTIL possível: “ah, mas tô sem tempo pra ir lá”. Quando eu sabia q ele era tão ocupado ou desocupado quanto eu, e pensei “ah, playboy do cacete inventando desculpa”.

Na perspectiva de ver q o cara ñ ligaria de ser esfolado mesmo, aceitei afinal o acordo. E aí o título da historinha chata: 2 dias depois fui à Galeria e, com 10 conto, comprei outro “KZS”.

3 cd’s por 10 reais.