LIVE TO WIN
E quando o bar de metal é um PUTA lugar, com donos passando do ponto na empolgação, ao mesmo tempo em q o público da região ñ o merece?
Donos de bar de metal já são esquisitos por natureza. E descrever alguns vai render posts nesta pauta. Tem aqueles q resolvem abrir o bar pra juntar amigos, aqueles q chapam junto com a clientela, e tem ainda aquele tipo abnegado e messiânico q acredita de verdade em estar colaborando para uma “cena do metal” no Brasil.
Essa é a história do SÜB Espaço Cultural, em Carapicuíba.
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Ñ era exatamente um lugar novo: já existia antes como Temple Of Metal (sic) e nos meus registros (página do No Class no Facebook é minha memória anexa), havíamos tocado ali já 3 vezes. Ñ me lembrava mesmo, mas devem ter sido boas as noites.
Aqui era o caso de 2 sujeitos, pai e filho (adulto), q resolveram assumir o lugar, mudar de nome e equipar de verdade. Assim: tinha um quartinho estilo backstage pra guardarmos os instrumentos, tinha um telão (desses de dar aula, retrátil) na frente do palco pra ficar mostrando clipes/shows enquanto a banda arrumava o equipamento/passava o som antes de tocar e, mais interessante ainda, tinha seguranças (masculinos e feminina) pra revistar a galera q estivesse entrando.
Se ñ me engano, ñ cobravam entrada ou era muito barata.
E o q aconteceu? Faliu. Motivo? Boicote idiota. Pessoal da cidade ñ ia ao local, alguns alegando q era “muito bom” (ou “bar de boy”, o Edinho viu isso no Orkut do bar), mas a maioria pq preferia ir nos rolês tr00 do Arena Metal, bar horrível (conheci anos mais tarde e desacreditei) em Osasco, cidade vizinha.
Um pouco é aquilo do pessoal ñ valorizar o q tem na própria cidade, outra coisa era a burrice. Truezice.
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Do q me lembro, fomos chamados pra inauguração do lugar, em 7 de Abri de 2007, o q nos sentimos honrados em fazer. Chegando, nos surpreendemos (postivamente) com a estrutura acima descrita. Guardamos os equipamentos e esperamos a vez de tocar.
Mas o clima era hostil. E só entendemos na hora de pegar as coisas pra tocar: um banger tr00zão simplesmente conseguiu entrar no quartinho backstage (e ñ o vimos fazer) e URINOU na mochila do Edinho, com cabos, corda, afinador e roupa.
Justificativa? Tava muito louco e achou q ali era banheiro. Caralho.
A real? Truezice obtusa.
Obviamente q quase rolou briga, seguranças tocaram o sujeito pra fora, donos nos pediram mil desculpas e seguiu o jogo. Tocamos e nunca mais voltamos. Pq o lugar, alguns meses depois, fechou.
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Ñ sem esse pai e filho, abnegadamente, tentarem campanhas/abaixo assinados no Orkut, com promoções, com agenda. Eram tão sem noção de bem intencionados q chegaram a fazer um churrasco pros bangers da região, na casa deles, pra obter simpatia.
Em vão. Os porcos bangers (futuros bostonaristas) preferiam ir ao Arena. Pegar busão e ir pra mais longe.
Do q lembro ainda, fiquei razoavelmente amigo do dono mais velho (o pai), de quem ñ lembro o nome e trocamos algumas impressões, no dia e em rede social. Foi ele quem disse q Korzus e Acquaria (alguém lembra dessa merda?) se ofereceram pra tocar lá se rolasse 2 mil reais de cachê pra cada banda.
Quando, na época, se ganhamos cachê de DOIS dígitos foi muito. Grana da gasolina. Estamos falando de 2007.
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De todo modo, ficou a lembrança de gente q queria fazer as coisas direito. E de gente escrota q ñ merecia um lugar como aquele: mais ou menos como os bangers podres q descrevi aqui na pauta em “(I Won’t) Pay Your Price”. Ñ foi o primeiro nem o último lugar do tipo, e serviu de lição pra nunca mais tocarmos em bar de tr00, ou freqüentados por tr00.
“Bar de tr00, bar de cu”.
Em meados de 2017, já num momento final do No Class, finalmente fomos tocar em Osasco nesse tal Arena. E se era o mesmo Arena, badalado, incensado e valorizado pelos tr00 – com direito a ter havido show do Deicide ali – desacreditei demais.
O lugar era uma garagem grande de chão de cimento, umas mesinhas de plástico vermelho (estilo Kaiser), um balcão à esquerda vendendo cerveja vagabunda e… a 20 metros à minha direita no palco, juro, uma máquina de lavar do dono do local. Q provavelmente morava lá.
A última q soube dessa pocilga (Arena), foi tb há uns 2 ou 3 anos, quando o Grim Reaper (sim) foi impedido de tocar ali no dia do show, uma sexta-feira. Motivo: prefeitura havia interditado o local, sei lá se por razões reais ou falta de molhar mão de fiscal.
A solução do bar e dos promotores do evento foi avisar a galera q o show rolaria no domingo à tarde (2 dias depois), antes q a fiscalização aparecesse.
Juro q ñ sei se rolou. E ñ me importei em saber.
Esse era o nível.
FC
3 de novembro de 2021 @ 16:46
Nossa, já fui convidado várias vezes pra ir nesse Arena, era super bem falado. Ainda bem que não passei nem perto.