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10 Comments

  1. doggma
    9 de janeiro de 2015 @ 08:59

    Intenso, de fato. Mas rapaz, a Sinéad… é complicada. Parecia meio contrariada com o sucesso e passou a cultivar essa pré-disposição ao niilismo. Como se fosse culpa. Acabou incorporando aquele negócio do abismo do Nieajfdçkjchwze… “se você olhar longamente para um abismo, o abismo também olha para dentro de você” e tal.

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  2. Colli
    9 de janeiro de 2015 @ 09:02

    CARALHO.

    Não parece que foi ela que escreveu isso para mim.

    Justifico falando que sempre achei ela uma menininha mimada.

    Pré-conceitos a parte, pois nunca ouvi nada dela. Há não ser um hit dos anos 90 e sua “participação” no show do The Wall, que ela não foi na dia da apresentação e tiveram que colocar no DVD a parte dela que foi gravada no ensaio.

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  3. Marco Txuca
    11 de janeiro de 2015 @ 13:28

    Então, amigos, parece um pouco mais complicado: aparentemente, Sinéad foi ABUSADA quando pequena, por padre. O desabafo ali parece ser ela falando dela mesma.

    Alguém lembra de quando ela rasgou a foto do João Paulo II na tv ao vivo nos EUA (“Saturday Night Live”)? Nem Varg Vikernes o faria ahahah

    Vários dos encartes dela mostram-se confusos, nesse sentido: ela denuncia, ela diz amar o pai e a mãe (num outro), diz ser rastafári (num outro ainda) e por aí vai. Parece o caso de pessoa MUITÍSSIMO talentosa, por conta da maturidade emocional e pessoal ter ficado a desejar. Compensar no talento o q ficou falho no resto…

    O sucesso e ela parecem ter travado jogo de gato e rato: no 1º disco, “The Lion And the Cobra”, assustou monte de gente nos EUA. É um disco pop com leve peso… mas uma cantora careca?!

    Anos depois, li Alanis Morichatta dizendo q quando a contrataram (Sony?), o dono da gravadora lhe deu esse disco da Sinéad, dizendo ser aquilo q queriam. Deu no q deu… influenciou monte de cantorazinhas chatas, revoltadas na TPM.

    ***

    Daí, gravou 2º disco mais pop e baladeiro, com título oposicionista: “I Do Not Want What I Haven’t Got”. Estourou com a versão do Prince – superior disparado à original – e pessoas se lembram só dela. O 3º disco – o deste encarte aqui – é um disco de jazz de big bands. Mostrando q ela tb seria um Frank Sinatra de saias… e careca.

    Sei lá se o Sinatra ñ fez os “Duets” na carona desse, ou se rasgar a foto do Papa impediu-a de participar do projeto do cara. Tivesse entrado, ROUBARIA o disco.

    Depois, fez disco (“Fire & Courage”), quase todo reggae e dub. Tudo q ela se mete a cantar, canta bem. Mas a vida pessoal, algum vício em drogas e as doideiras e idiossincrasias ñ ajudaram. Nunca foi cordeirinha.

    Chegou a encerrar carreira, gravando disco de músicas religiosas, daí voltou. E comprou polêmica com Miley Cyrus na internet; a putinha discutiu com Sinéad sobre sei lá o q, pra depois falar ser difícil polemizar com doente mental. Escrotice assim.

    Ano passado, Sinéad lançou disco novo (“I’m Not Bossy, I’m the Boss”), com peruca e guitarra na mão na capa, fazendo título e dois sons falando indiretamente da Hannah Montana: do quão o sistema chupa as pessoas até o bagaço, coisa e tal.

    Em suma: acho uma pessoa talentosa, com altos e baixos, mas sempre INTERESSANTE. Sempre com algo a dizer. E recomendo a coletânea de 1997, “So Far… the Best Of Sinéad O’Connor”. Se ñ descer isso, melhor deixar pra lá ahah

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  4. Marco Txuca
    11 de janeiro de 2015 @ 13:34

    E o lance do “The Wall”, Colli, fiquei sabendo melhor do dvd q comprei, recentemente: Roger Waters e convidados ensaiaram o show inteiro na véspera da apresentação. E o filmaram todo.

    Pq sabiam q poderia acontecer o q ocorreu: no dia, durante a transmissão ao vivo pro mundo, a energia elétrica caiu algumas vezes ali em Berlim. Pra tv, já tinham o backup, daí tacaram algumas músicas do ensaio. Tipo “Mother”, com a Sinéad e uns barbudos hippies mal vestidos (afinal, era ensaio).

    Waters diz q Sinéad, ao cair a luz, teria perguntado a ele o q fazer. Ele lhe disse pra continuar abrindo e fechando a boca, como se estivesse cantando… ela o acusou mais tarde de querer q ela fizesse playback, e o mala, no dvd, acusa mordendo e assoprando dizendo q naquela época ela ñ era ainda “profissional”.

    ***

    Ela tem participações ainda em discos tão díspares como de The The, Asian Dub Foundation e Massive Attack. Tudo bão.

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  5. Colli
    12 de janeiro de 2015 @ 09:13

    Eu sabia mesmo por boca dos outros que haviam acontecido de ela não faltado mesmo.

    Lembro que na época até questionei e disse que não era possível uma artista fazer uma coisas dessas logo “Roger Águas”. Achei estranho mesmo.

    Fiquei até interessado em conhecer a obra da dita cuja.

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  6. doggma
    12 de janeiro de 2015 @ 11:37

    Não conhecia esse background do trauma. Agora dá pra entender um pouco melhor as motivações e atitudes. Lembro bem da ocasião da foto rasgada do papa JPII. A imagem correu o mundo, passou até no Jornal Nacional. Todo o showbiz em peso criticou, o único que saiu em defesa dela, se não me engano, foi o Lou Reed.

    Agora, parece que ela também apoiava o IRA, né. Aí é foda. Se fosse pelo menos o IRA!… hehe

    Nem sabia dessa treta com a Miley. Trash demais, sem “h”. E esse causo com o Waters, no fundo pareceu mesmo o que ele falou… numa situação sui generis daquela, o artista tem que estar pronto pra improvisar. É bem diferente de combinar um playback num Chacrinha.

    Bacanudo esse review geral da moça. Também fiquei instigado a conhecer.

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  7. Marco Txuca
    13 de janeiro de 2015 @ 03:00

    Q eu me lembre, o amigo FC tb é fã dela. Acrescenta algo aqui à conversa?

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  8. Jose Alves
    13 de janeiro de 2015 @ 11:31

    Caros, sou muito fã da Sinéad. Por isso, adorei o post.
    Se me permitem, vou corrigir algumas informações colocadas no comentário.
    1. Sinéad confirmou a briga com Rogers Waters. Na hora que Sinéad foi cantar, em pleno show, ele colocou um playback, contra as orientações dela. Daí a briga. Sinéad não faltou ao compromisso. Segundo ela, cantar com playback é não confiar na força da música.
    2. Sinéad foi abusada na infância pela sua mãe, que tinha depressão e algumas psicoses. Sofreu castigos cruéis, incluindo de natureza sexual. Sua mãe perdeu a guarda dos filhos quando Sinéad tinha 13 anos, mas esta já tinha uma série de sequelas: violenta, foi presa por roubo algumas vezes, até que seu pai a internou num reformatório católico. Aqui, Sinéad sofreu com castigos e com a clausura, mas não necessariamente foi vítima de abusos. Foi no reformatório que aprendeu a tocar violão, dado pelas freiras.
    3. Sinéad rasgou a foto do Papa João Paulo II em 1992 porque ela estava divulgando os crimes de pedofilia cometidos pelo alto clero da igreja na Irlanda, que estavam sendo acobertados pela mídia e pelo Vaticano. Após 15 anos, na gestão de Bento XVI, todos os acusados foram condenados. Tal fato fez existir um movimento de parte da Igreja Católica com o título “Desculpas à Sinéad”. Até hoje, ela lidera campanhas contra a violência e o abuso infantil.
    4. Sinéad vende muito e seus shows são sempre lotados com muita antecedência. Seu último álbum ficou em primeiro lugar na Irlanda, 22o. lugar no Reino Unido e por aí vai… Segundo ela, o sucesso mundial foi um acidente, já que não faz uma música fácil e nunca quis, de fato, ser uma artista de alta vendagem.
    5. O empresário dela confirmou que Sinéad virá ao Brasil em meados de junho.
    6. Sinéad sofre de transtorno bipolar dos mais graves, associado a doenças oportunistas como fibromialgia, falta de apetite etc. Seus médicos a proíbem de fazer muitos shows. Daí sua reclusão.
    Espero ter esclarecido.
    Grande abraço. Parabéns pelo blog.

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  9. Marco Txuca
    13 de janeiro de 2015 @ 15:25

    Salve, José, bem-vindo e freqüente sempre!

    Valiosas as informações. Só faço um reparo na “1”, uma vez q o acesso à mesma se dá no extra do dvd daquele “The Wall” (mal)refeito, na cola da Queda do Muro: a informação q postei, tirei de lá.

    Ñ houve playback, apenas orientação de Waters – segundo o próprio – pra q ela encenasse cantar caso faltasse energia, o q aconteceu. Pra quem assistia, e pra quem tem o dvd, a versão de “Mother” executada foi a da gravação do ensaio na véspera.

    E o disco novo, “I’m Not Bossy, I’m the Boss”, é bom?

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  10. José Alves
    14 de janeiro de 2015 @ 11:09

    Oi Marco,
    Tem razão em relação ao reparo do item 1. De fato, sua informação foi precisa. Considerando que não houve falta de energia, provavelmente Sinéad contou a verdade: ele pôs o playback por não confiar nela.
    Sou suspeito para falar dos álbuns de Sinéad (risos)… O novo tem uma pegada mais rock, com pegadas mais sensuais e mais pró-feminismo, com a defesa explícita da sinceridade absoluta (uma de suas bandeiras)… Há reggae, há uma baaldinha, há canções pop e há rock. Pelo alcance da nova obra, Sinéad chegou a ser capa da Billboard, algo que não acontecia desde os anos 1990. Para sentir um pouco dele, sugiro que procure no youtube as músicas “The voice of my doctor” e a “Harbour” (já um clássico). Um abraço.

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