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14 Comments

  1. Tiago Rolim e Silva
    11 de novembro de 2022 @ 09:05

    Ficou, pelo menos lá em João Pessoa, um clássico fudido. Era a evolução do som pesado. Claramente a coisa toda tava mudando.
    Serviu de influência para toda uma geração noventista. Mas (na época não se percebia isso), claramente era um som com prazo de validade.
    Ao longo da década foram refazendo a fórmula até o inevitável desgaste. Tanto que ninguém lembra dos (bons) discos dos anos 00.

    Ficou, ainda, o melhor disco dos caras.

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  2. André
    11 de novembro de 2022 @ 09:55

    Penso que foi influente pro lado ruim. Tanto na música quanto no comportamento.

    Mas, o disco é bão.

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  3. märZ
    11 de novembro de 2022 @ 12:26

    Concordo com os colegas: tinha potencial, era algo novo pra gente aqui, o hardcore novaiorquino flertando com thrash metal de Sick Of It All, Agnostic Front e afins. Mas logo o ar de novidade se dissipou e o som ficou chato, cheio de excessos beirando a escrotice, e datado. Modinha passageira. Comprei esse em vinil ainda, mas vendi quando saí do país. mais tarde comprei o cd e é o único da banda que consigo ouvir, de 5 em 5 anos.

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  4. Leo
    11 de novembro de 2022 @ 17:36

    Eu fecho com a descrição do Tiago!

    Se foi um som com prazo de validade, por um lado, pq muita gente largou depois; acho que hoje até uma galera mais tradicional vê o disco com outros olhos.

    Acho até que a gente já tem um certo distanciamento crítico pra assumir que não só o disco é foda, mas que foi bem influente. Todo o nu metal é meio filho desse disco (seja o que enveredou pro lado mais pesado, tipo Machine Head e Slipknot, seja o que foi pro rap, tipo Korn e Limp Bizkit).

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  5. Marco Txuca
    12 de novembro de 2022 @ 13:31

    Passei batido e acho q fiz bem.

    Meu limite pra som pesado com groove sempre foram Faith No More e Helmet. Esse tipo de metal mano, nunca fui com a cara. E ainda menos quando o Korzus tentou embarcar nesse em “KZS”.

    Pra mim, Biohazard é a versão pra “After Forever” (praticamente não alteraram!) no “Nativity In Black” original e a faixa-título da trilha do filme “Judgement Night”. E acho q vou deixar assim.

    Agora, quando os amigos falam em “escrotice”, “comportamento” ou “prazo de validade” tem a ver tb com um desses aí ter virado ator pornô tb, ou mais a ver com letras e atitudes?

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  6. André
    12 de novembro de 2022 @ 15:57

    Virar ator pornô está de acordo com os ensinamentos do deus Rock’n’roll.

    Agora, quando falo de “comportamento”, me refiro justamento ao “metal mano” que você citou. Toda essa cena hardcore de Nova York me dá um certo ranço.

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  7. märZ
    12 de novembro de 2022 @ 21:01

    A escrotice que percebi nessas bandas é um machismo exacerbado, letras que falam basicamente em como se é fodão e vai dar porrada geral. Como se lutadores de jiu jitsu babacas montassem uma banda.

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  8. Marco Txuca
    12 de novembro de 2022 @ 23:42

    Coincidentemente a ideologia do baterista e 2º guitarrista do Korzus em “KZS”.

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  9. Leo
    13 de novembro de 2022 @ 06:03

    Olha… Vou dizer que, em geral, não desgosto das letras do Biohazard, não. “Punishment” e “Urban discipline”, que são as mais clássicas desse CD, por exemplo, acho bem foda, aliás!

    Em geral, acho que traz uma perspectiva periférica mesmo, dos subúrbios de Nova Iorque. Pra gente, pode parecer violento (e é), mas não tenho dúvidas que eram questões que estavam muito forte nesse imaginário, como estavam nas letras do Tupac tb.

    Quanto ao prazo de validade, acho que ficou muito marcado como um som da década de 90.
    Por um lado, pq a galera já tinha ranço (e colar umas pechas como essa ajuda a falar mal sem dizer muito o motivo).
    Por outro, pq foi fagocitado pelo nu metal que veio na sequência e explodiu.
    Mas, pra quem escuta hardcore, até hoje encontra muita coisa que deriva daí.

    O que tenho achado massa é que parece que hoje esse álbum tem mais entrada que há 10/15 anos atrás. Fora pro Marcão, que acha que fez bem em passar batido. Hahaha

    Mas, brincadeiras à parte, pra quem não escutou ou quer dar uma única chance pro Biohazard, eu indico o ao vivo “no holds barred”. Tudo nele é bom. O som, o setlist, a interação com a galera (que faz muita diferença no caso do Biohazard em relação aos álbuns de estúdio), …

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  10. Leo
    13 de novembro de 2022 @ 07:24

    Inclusive, märZ, sobre as letras, fiquei encucado e fui rever, pq não lembrava exatamente dos aspectos que você levantou, mas – claramente – não era algo impossível.

    Continuo achando que tem uma perspectiva violenta que tenta traduzir esse cotidiano de exclusão do subúrbio de NY. Acho que passa aqui e ali por um machismo (que, principalmente aqui no UD, é menos de objetificação da mulher e mais de uma prevalência de uma visão do cotidiano mais masculina – gangue, abordagem policial, porrada, etc), mas violência e essa visão predominantemente masculina estão em boa parte das letras do metal.

    O que queria pontuar (e não estou dizendo que você disse isso, mas que pode dar a entender a quem pouco conhece a banda) é que, pelos exemplos que temos dessa galera de jiu jitsu (vide a mais recente situação do Victor Belfort com o general Benjamin Arrola), pode levar a entender que o Biohazard é uma galera alienada ou até reaça. E, nesse sentido, acho que é radicalmente oposto.
    Inclusive, tem letras que mencionam explicitamente o combate ao fascismo cotidiano… Isso na década de 90, que a coisa era muito menos arreganhada que hoje.

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  11. märZ
    14 de novembro de 2022 @ 08:22

    Fala Leo. Acho que você está certo em sua análise, meu ponto de vista sobre a parte lirica e atitude geral da banda é meramente superficial, baseada em estereótipos e minha observação/absorção do lado de cá, à época. Foi como percebi a coisa e assim acabou se cimentando no meu imaginário, além de ter enjoado muito dese tipo de som “mano” novaiorquino.

    Em 2020 durante a pandemia tive em mãos os dois albuns posteriores ao UD, ouvi depois de mais de 20 anos e continuei não gostando, baseado simplesmente no som, nem parei pra analisar letras. É algo puramente pessoal.

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  12. André
    14 de novembro de 2022 @ 09:48

    O lance da influência na atitude é baseado nas bandas daqui. Biohazard é das bandas que foi adotada pelos pitiboys (lembram?). Bando de playboy jiujiteiro que saía pra dar porrada por aí. Obviamente, eles nem se deram ao trabalho de ler as letras.

    Mas, confesso que é uma visão superficial e não explica o legado dos caras. É o que ficou no meu imaginário.

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  13. Marco Txuca
    15 de novembro de 2022 @ 12:16

    Por tudo o q os amigos postaram, é q vejo q fiz bem em preferir o Body Count ahahah

    Negões com lugar de fala, zoeiros (ainda q haja quem ñ perceba) e metal com groove pra valer, em vez de pagarem de manos.

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  14. Leo
    19 de novembro de 2022 @ 10:04

    märZ e André,

    Talvez nunca vejam essa resposta (afinal, como diz o próprio Marcão, “Cronos é infalível.”), mas, com todo atraso, queria pontuar que o que escrevi antes não foi uma crítica a vocês. De forma alguma.

    Eu nem acompanhei muito os últimos do Biohazard, pq, de fato, acho fracos (mesmo o Uncivilization, que tinha tudo pra ser bom pq tem Corey Taylor, Jamie Jasta, Igggor, Andreas e Derrick, Sen Dog, Peter Steele, …). Mas achava mesmo bem possível que esse viés jiujitseiro pudesse ter aparecido.

    Até pq o Graziadei (guitarrista do Biohazard) chegou a morar no Brasil por um período curto, e a circular nesses grupos. Chegou até a tocar e produzir o Endrah, do Fernando Schaefer. Não sei qual foi o motivo da treta lá, mas ele saiu logo. E o dito cujo não poupa críticas ao Graziadei, falando que não tocava nada, que era estagiário e etc.

    Costumo achar que toda pessoa que treta com ele deve estar certa. Rs
    Mas, voltando, acho que, certamente, nesse começo do Urban Discipline, a pauta era outra. Por isso, reforço o convite: escutem o ao vivo “No holds barred”. Vão pegar o que tem de melhor do Biohazard, não só em termos de música.

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