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Thrash com H
Por Marco Txuca
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Thiago
15 de agosto de 2022 @ 00:50
É um disco muito legal, mas tem dois pequenos senões. O primeiro é ter vindo na sequência do “1916”, um baita artefato e, na minha opinião, o disco mais diversificado musicalmente do Motörhead.
O segundo é que “March ör Die” perde um pouco a mão do aspecto eclético de seu antecessor e por vezes, para mim, soa um pouco confuso e perdido. Pudera, já que o petardo tem de tudo: cover, um monte de músicos convidados, incluindo estrelas maiores, três bateristas, e, sinto dizer, uma das piores coisas cometidas pelo conjunto “I Ain’t No Nice Guy”.
Ah, e não sei pq, mas adoro “Name in Vein”, que soa divertida e descompromissada, quase uma “Back at the Funny Farm”, outra que eu adoro haha.
märZ
15 de agosto de 2022 @ 09:59
Só fui comprar/ouvir uns 10 anos depois que saiu, e nunca gostei muito. Produção e composições meio que voltados ao hard rock, som de bateria datado, cover desnecessária, capa ruim. Acho que ficou a curiosidade de ter “Hellraiser”, escrita pro parça Ozzy.
O que Thiago disse faz todo sentido: “1916” jogou a bola lá em cima e “March” foi meio um banho de água fria.
André
15 de agosto de 2022 @ 13:21
Disco mediano lançado entre dois dos mais relevantes discos da década para o Motorhead.
Marco Txuca
15 de agosto de 2022 @ 22:43
Tendo a concordar com os senhores, mas por ter sido exposto à banda por muito tempo, desenvolvi um juízo mais favorável a “March Ör Die”. Sim, está entre o icônico “1916” e o estupendo “Bastards”, mas não acho tão mediano assim.
Sugiro reavaliação. Fiz uma resenha ontem pro Facebook e ofereci pro Jessiê lá no bangersbrasil. Reproduzo aqui:
O disco mais acessível do Motörhead, e não “o mais comercial”, como muito se desdenhou e ainda se desdenha 30 anos depois. Motivo: ninguém comprou ahah
Tvz tenha vendido um pouco mais, naquele zeitgest maluco de 1991-1992, com Metallica, Iron Maiden e Megadeth vendidos (sem aspas) e Helmet, Sepultura e Pantera tocando no rádio e em Disk Mtv. Ao mesmo tempo, a banda estava contratada da Sony, daí alguma esperada concessão.
Q pra mim são a balada pavorosa “I Ain’t No Nice Guy”, participações de Slash solando e a versão (superior à original, pra mim) de “Cat Scratch Fever”. Pessoas não ouviram direito e/ou não prestaram atenção às letras.
Em termos sonoros, é estranho na discografia pq é mais “lento”, o disco zztopiano deles. Cadenciado e com 3 bateristas (o demissionário Animal Taylor, o estagiário Mikkey Dee e o provisório Tommy Aldridge) participantes, mas impecável nas guitarras, ardidas – até àquela época – como nunca.
Duvida? “Name In Vain” e “Asylum Choir”. “Hellraiser” nunca achei ruim, acho superior à do Ozzy. “Jack the Ripper” e “Bad Religion”, maiores q a média, e a letra soberba da segunda. “Stand” abrindo com impacto e letra positivista q cancela qualquer livro de autoajuda.
Ainda tem a hoochiecoochiana “You Better Run”, pra dar um respiro, e à frente refeita pra trilha de Bob Esponja. E a faixa título, opressiva e claustrofóbica, fechando temática da faixa-título do “1916” anterior.
Faltou citar “Too Good to Be True”, mas não precisa. Acho q escrevi demais e já provei meu ponto.