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3 Comments

  1. märZ
    16 de novembro de 2021 @ 09:20

    Não ficou nada, disco maldito e renegado desde a concepção, autoproduzida. Mas me lembro de algumas coisas da época:

    Eu tinha 22 anos e comprei assim que saiu, pois era fã de Titãs. Me lembro do estranhamento quanto a capa e de ter curtido muito o som, mostrava pra todos os amigos metaleiros que não curtiam a banda.

    A gravadora fez pouca ou nenhuma força na divulgação do album; me lembro que passou o video de “Saia de Mim” no Fantástico, mas foi cortado na metade, antes que entrassem os palavrões e escatologias.

    Até a Rock Brigade, aversa ao pop nacional, publicou a crítica do disco, cunhando o termo “splatter-rock” para tentar defini-lo.

    Foi na tour desse disco, aliás curtíssima pois as músicas não tocavam nas rádios nem a gravadora divulgava, então não gerou o interesse de público e contratantes, que os vi ao vivo pela única vez. Foi um show intenso e rolou até stage dive. Num certo momento um segurança de palco chutou um fã na cara quando ele tentava subir ao palco pela enésima vez, o público se revoltou e começou a vaiar e jogar coisas no palco. A banda parou o show, pediu desculpas e disse que demitiria o segurança. Depois de uns 30 minutos voltaram a tocar mas o anti-climax já tinha matado o show e dali pra frente o público mal reagiu.

    Se há sempre um album “maldito” na discografia de uma banda popular, esse é com certeza o do Titãs.

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  2. André
    16 de novembro de 2021 @ 11:00

    É um disco urgente, cru, tosco, mal-gravado, etc. E, não digo isso negativamente. Importante dizer que antecedeu o estouro grunge também. O qual eles foram acusados de tentar emular.

    Foram do céu ao inferno com esse disco. Até então eles eram unanimidade de público e crítica, e junto com a Legião Urbana e Paralamas do Sucesso, formavam a “série A” do rock brasileiro. Caetano Veloso cortejava a banda em entrevistas para a Bizz, do Globo de Ouro, sendo chamados de poetas pela Folha de São Paulo e “as oito cabeças do rock nacional” pelo Jô Soares.
    Com o Tudo Ao Mesmo Tempo Agora, essa lua-de-mel acabou de forma drástica.

    Considerado um disco escatológico por 99% da crítica musical, me lembro de textos chamando os Titãs de retardados, promíscuos, enfim, foram escurraçados pela mídia. De “queridinhos” tornaram-se persona non grata na maioria dos programas de TV e já não tocavam exaustivamente nas rádios – ao contrário de sucessos titânicos recentes da época como Flores (1989) e Marvin (1988).
    Para os verdadeiros fãs da banda, a consequência do Tudo Ao Mesmo Tempo Agora trouxe uma coisa muito ruim e outra muito boa (como tudo na vida).
    A ruim: o Arnaldo Antunes deu no pé ao ver o rumo obscuro que a banda estava tomando (sendo ele já considerado a cabeça mais pensante das oito cabeças pensantes).
    E a boa: Titanomaquia. Composto e arranjado no ápice dessa revolta e indignação deles contra tudo e contra todos – aliados aos excessos de alguns dos integrantes. Portanto o Titanomaquia é o Tudo Ao Mesmo Tempo Agora depois de ser apedrejado em praça pública observado pela onda grunge.

    Por outro lado, entendo a guinada comercial que os caras dariam anos depois. Se foderam legal nessa época. Como o märZ apontou, tiveram

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  3. André
    16 de novembro de 2021 @ 11:01

    continua

    …shows e participações em programas de tv cancelados aos montes.

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