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23 Comments

  1. André
    12 de agosto de 2021 @ 07:45

    Do Black Album, ficou o disco que a banda é mais reconhecida (apesar das chorumelas dos fãs em torno do Load/Reload). A impressão é que estão fazendo turnê dele até hoje. Longevidade é isso aí. E, reforça a irrelevância do que veio depois.

    Ouvi depois de muito tempo. Que disco farofento. Influenciou pra caralho bandas radiofônicas que surgiram adiante. O que Nickelback e cia fazem começou aqui.

    Foi lançado aos 44 do segundo tempo. Acho que já perguntei aqui, mas, repito: teria feito o mesmo sucesso se tivesse saído em 92?

    Quanto ao Coroner, não sei. Ouvi esse disco uma vez e não me comoveu muito. Preciso reouvir.

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  2. FC
    12 de agosto de 2021 @ 10:54

    Metallica acabou no Black Album. Não no sentido de fã xiita radical, mas de que eles realmente não lançaram mais nada de interessante depois disso. E boa parte do que faturam hoje é por consequência desse disco.

    Além do mais, há uma grande parcela de gente que conheceu a banda nesse disco, então para elas é o primeiro – e também o último – deles.

    Respondendo ao André, acho que teria feito, sim. Arrisco dizer que teria feito ainda mais.

    E deixo também uma pergunta boba (mais uma reflexão na verdade). O disco abre com Enter Sandman, metal que até quem não conhece metal conhece.

    Se o disco abrisse com Holier Than Thou (como sugeriu Bob Rock, achincalhado pelo Lars, que disse que o cara não tava entendendo nada), a única música thrash metal do disco e mais familiar aos fãs antigos, a impressão geral seria outra?

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  3. André
    12 de agosto de 2021 @ 10:56

    Eu acho Holier Than Thou bem farofenta.

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  4. Marco Txuca
    12 de agosto de 2021 @ 16:30

    Pergunta à queima roupa: será “Metallica” o maior disco do heavy metal?

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  5. Tiago Rolim
    12 de agosto de 2021 @ 16:48

    Sim!!! Agora, se é o melhor…

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  6. André
    12 de agosto de 2021 @ 17:48

    Sim. Quanto a ser melhor, não deve ser melhor nem do mês que foi lançado.

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  7. Marco Txuca
    12 de agosto de 2021 @ 22:07

    Não é nem o melhor do DIA em q foi lançado ahahahahahah

    Ouça Coroner: faça-se o favor.

    Se indicar um som ajudar: “Son Of Lilith”.

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  8. Thiago
    12 de agosto de 2021 @ 23:27

    “Black Album” é o “Thriller” do Heavy Metal.

    Desfalcado já há alguns bons anos de meu radicalismo juvenil, e sabendo de meu apreço pelo conjunto, gosto do artefato.

    Seu problema maior, a meu ver, é a extensão. “The Struggle Within” e “Don’t Tread on Me” são totalmente descartáveis, e acho que entre “The God That Failed” e “Of Wolf and Man” apenas uma poderia ter sobrado.

    Sobre a pergunta do FC: pra mim, a abertura com “Enter Sandman” é decisiva para o sucesso do artefato. Música altamente comercial, vídeo bem produzido, tiro certeiro.

    Em todo caso, tenho pra mim que “Through the Never” é o canto do cisne do Metallica fase Thrash – com seu riff, de resto, chupinhado do Metal Church.

    Do Coroner só conheço, e gosto muito, do “Punishment for Decadence”. Preciso me aprofundar na horda.

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  9. Marco Txuca
    13 de agosto de 2021 @ 00:38

    “‘Black Album’ é o ‘Thriller’ do Heavy Metal”. Perfeito!

    Gostei dele quando saiu, mesmo com “Nothing Else Matters”. Nunca tive crachá de fã true do Metallica – comecei neles no “Justice” – e nunca tinha pensado em cortar faixas “desnecessárias”.

    Mas se o fosse fazer, cortaria a chatona “My Friend Of Misery” (só eu acho parecida com Iron Maiden?) e “Of Wolf And Man”, q na época pra mim já parecia linha de montagem; algo nela me remete a algo do “Justice” auto chupinhado.

    Na época saiu duplo em LP, parecendo grande. Até desovarem o cansativo/interminável “Load”, ficou realmente parecendo. Quando saiu em cd, tal qual “Justice”, saiu disco simples.

    ***

    Gosto de “Don’t Tread on Me”, riff e levada. Mesmo com a letra patriotária, a cara de Hetfield. “Through the Never” e “The Struggle Within” ainda me soam como o Metallica anterior se mantendo nas entrelinhas. Sem querer querendo.

    Lembro q ficaram 8 meses gravando o disco, certamente por causa do Lars e provavelmente pq o mesmo deve ter suado muito pra gravar “Through the Never”, reloginha em seu tempo e levada.

    (Nunca vi o making of. Citam isso?)

    Tinha a história de q Bob Rock teria sugerido chamar o Charlie Benante, né? Lembro disso na época. E chuto q era pelo trampo nesse som. E lembro de Gary Holt, sempre zoeiro e sincero, nunca despeitoso (chupa, Marcello Pompeu!) lamentando “8 meses pro Lars gravar a bateria e deram 15 dias pro Kirk fazer os solos” ahahah

    A ditadura do wah wah começou aqui, pra nunca mais. Apesar de adorar o solo em “The unforgiven”, uma das minhas favoritas desde sempre.

    ***

    Gosto de “Holier Than Thou”, Lars ainda dava umas “entortadas” nas coisas, como tb o fez em “The God that Failed”, pra mim o som subestimado do disco. E Dave Mustaine meio q revistou aquela levada anos adiante, em “Dread And the Fugitive Mind”, não?

    Nessa época, com 16 anos, tocava na minha primeira banda séria, Requiem, autoral e com ocasionais covers (predominava Metallica) e de “Metallica” tocávamos “Nothing Else Matters”, “Wherever I May Roam” (Metallica de arena) e, obviamente, “Enter Sandman”, q já tocávamos quando o disco saiu.

    O clipe e o som já enchiam o saco de tocar em rádio e Mtv Brasil, e tirei (sem esforço) a parte do Lars duma apresentação na Mtv americana, enquanto o vocalista tirou a letra meio de ouvido da gravação em cassete da música tocada em lançamento no “Comando Metal”, programa de Walcyr Challas na 89fm.

    Outros tempos.

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  10. Marco Txuca
    13 de agosto de 2021 @ 01:06

    Quanto a “Mental Vortex”, me assustou descobrir q foi lançado no mesmo dia de “Metallica”. Bandas de divisões diferentes, com repercussão muitíssimo diferente, mas ambas chegando ao ápice de suas propostas.

    E o Coroner, no auge até então. O disco seguinte, “Grin”, ainda mais radical e futurista, gosto mais.

    Insisto em recomendar a banda por aqui, e sugiro agora em ordem contrária: “Grin”, “Mental Vortex”, “No More Color”, “Punishment For Decadence” e “R.I.P.”.

    Este ainda tem a produção meio embolada, mas pra isso tem versões artesanalmente remasterizadas por um abnegado no YouTube. Tvz possa ser o portal de entrada.

    Ou buscar as versões ao vivo de quando retomaram atividade em 2011, com a banda tão afiada quanto e o vocalista ainda melhor.

    Do famigerado box ao vivo da reunion, registaram “Son Of Lilith”, “Divine Step (Conspectu Mortis)”, “Metamorphosis” e “Semtex Revolution”, as duas primeiras sei q youtubizadas estão.

    O melhor power trio do heavy metal, o “Rush thrash”, tanto faz. Arrumem tempo, caralho. Garanto aos amigos q será das melhores experiências de 2021.

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  11. FC
    13 de agosto de 2021 @ 10:52

    Não sabia que o vinil era duplo. Mesmo assim, pela lista que aparecia na contracapa do disco, sempre achava o “lado B” (de Through the Never até The Struggle Within) pior do que o “lado A”.

    Talvez porque a maioria dos hits está no A, sei lá.

    Reply

  12. Thiago
    13 de agosto de 2021 @ 18:09

    Nem me fale de “Nothing Else Matters”.

    Quando nos tempos juvenis de colégio, era coisa das mais comuns um beócio qualquer, curtidor de Nirvana e Charlie Brown, empunhar o violão e arranhar a introdução da canção. E, para minha cólera imberbe, arrebatar corações e mentes dos colegas, professores, funcionários e quem mais estivesse por perto.

    Na sequência, lá ia eu tocar “Black Star” ou “Disciples of Hell”. E não obtinha qualquer reação dos presentes – vivos ou mortos.

    Hoje, felizmente, consigo ouvir esse petardo sem maiores problemas.

    Em tempo: estamos todos de acordo que as melhores do disco são “Sad But True” e “The Unforgiven” (Metallica tentando soar Morricone)?

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  13. André
    13 de agosto de 2021 @ 19:01

    “Quando nos tempos juvenis de colégio, era coisa das mais comuns um beócio qualquer, curtidor de Nirvana e Charlie Brown, empunhar o violão e arranhar a introdução da canção. E, para minha cólera imberbe, arrebatar corações e mentes dos colegas, professores, funcionários e quem mais estivesse por perto.”

    Hahaha

    Acho que esse tipo de coisa influencia mais as pessoas a pensarem que são guitarristas do que incentivá-las a estudar.

    Reply

  14. Marco Txuca
    13 de agosto de 2021 @ 21:05

    Endosso “Sad But True” (James Hetfield incorporando Tony Iommi) e “The Unforgiven” (Morricone, sim) melhores, na razão inversa.

    “Through the Never” e “The Struggle Within” logo atrás. Lembro q há alguns anos fiz uma pauta recorrente por aqui, em q ranquávamos por ordem de preferência os sons de discos significativos.

    Me lembro q fizemos sobre “Metallica” e ñ lembro quando, mas tenho q se rever o lance, devo ter colocado “The Unforgiven” em primeiro e “Nothing Else Matters” em 12º ahahah

    ****

    Isso da “Nothing Else Matters” e o próprio riff da “Enter Sandman” vejo como sacadas geniais intencionais da banda. Quem é q ainda ficava bangeando “Seek & Destroy” em 1991?

    (claro q ainda tem, mas os cabras estavam olhando mais à frente, acertadamente)

    E isso, André, de iludir as pessoas a se acharem guitarristas tvz tenha sido o precursor do Guitar Hero, aquele videogame. Monte de tonto achou q estava virando guitarrista de verdade, só q tocar guitarra de verdade é outra coisa.

    E exige bem mais q 2 neurônios.

    (postei aqui tb alguma vez: os caras do Rush fiascando tocar “Tom Sawyer” no Guitar Hero. Muito engraçado)

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  15. Thiago
    15 de agosto de 2021 @ 15:46

    Pior que minha terceira favorita é “My Friend of Misery” haha. Aquela introdução de baixo é maravilhosa, e a música seria ainda melhor se fosse instrumental, conforme era o plano inicial.

    Muito bem lembrada essa história do Guitar Hero. É exatamente isso. Àquela época, uns 15, 16 anos atrás, vire e mexe alguém me perguntando pq não jogava. E cheio de arrogância juvenil, estufava o peito e dizia: “não faz sentido fazer no videogame algo que faço melhor – e de verdade – na vida real” hahah.

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  16. FC
    16 de agosto de 2021 @ 12:06

    Meu ranking:

    1 – Wherever I May Roam
    2 – Holier Than Thou
    3 – Of Wolf And Man

    Só gosto dessas. E hoje em dia não sei se desgosto de Enter Sandman ou se simplesmente tocou demais e peguei bode.

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  17. Marco Txuca
    16 de agosto de 2021 @ 15:04

    Vc teria aí a resenha na Bizz feita pelo André Forastieri pra “Metallica”?

    Ñ fiz a lição de casa direito, acho q posso ainda encontrar e postar, mas lembro q a resenha foi bem precisa em relação às intenções e seriedade da banda com o artefato.

    Alguém mais lembra disso?

    Reply

  18. FC
    16 de agosto de 2021 @ 18:00

    Tenho. Te mandei no zap.

    Reply

  19. Marco Txuca
    17 de agosto de 2021 @ 21:27

    “Caramba, como esses caras são mal-humorados. Escuta, se você fosse membro de uma das raras bandas de heavy metal que simultaneamente têm dinheiro, apoio da crítica e adoração dos fãs, não ia ser feliz? Não ia relaxar na praia, curtir a vida boa, arrumar uma modelo gostosona para ficar te passando bronzeador?

    Ia, claro. Somos apenas humanos – e o Metallica finge que não é. Esses caras acabaram comprando a própria imagem pública – a de monumento vivo da simplicidade, da militância e da integridade roqueira. É um vício sério de todo o thrash, que no Metallica bate especialmente pesado. Ô coisa mais jacu.

    Mas, sei lá, funciona. Tanto que, apesar do disco novo ter sido produzido por Bob Rock (o mesmo do Bon Jovi e Motley) e das músicas serem curtinhas e não aquelas pentelhações sinfônicas de antigamente, ninguém teve cara de pau para dizer que o Metallica está diminuindo seu ataque para fazer mais sucesso – o que é, claro, exatamente o que está acontecendo.

    O que não faz de Metallica um disco ruim. Imagina, isto sim é que era trilha para o Terminator 2. Tem o exato clima de no future futurista necessário. Tem peso, atmosfera, influência clara (não chupação) do Black Sabbath, arranjos complicados que funcionam a favor da porrada e não contra (como nos dois ou três últimos discos). Possui também uma engenharia de som primorosa (bate com o que Jason Newsted diz na entrevista que está nesta edição: ‘Este é o disco de metal com o melhor som jamais produzido’), argumento irrefutável da necessidade de todo mundo comprar o CD o quanto antes.

    O disco todo é massacrante. Especialmente dignas de nota são o single ‘Enter Sandman’, a apavorante ‘Sad But True’, a quase-balada ‘Nothing Else Matters’ (com arranjo orquestral de Michael Kamen, trilheiro profissional que fez entre outras coisas a música dos dois Máquina Mortífera) e uma bela homenagem à mitologia estradeira, ‘Wherever I May Roam’.

    Metallica é metal moderno para quem leva metal a sério, produzido por uma banda que se leva EXTREMAMENTE a sério e embalado pelo melhor marketing que o dinheiro pode comprar. Há investimentos piores”.

    Resenha da época, das mais impecáveis q já li, publicada na Bizz e lavrada por André Forastieri.

    ***

    Valeu, FC!

    Reply

  20. Thiago
    18 de agosto de 2021 @ 19:32

    Resenha brilhante. Talvez tenha envelhecido melhor que o disco haha.

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  21. André
    19 de agosto de 2021 @ 12:00

    Ótima resenha, embora, esnobe.

    Reply

  22. marZ
    19 de agosto de 2021 @ 17:02

    Lembro bem dela, continua relevante e precisa.

    Reply

  23. André
    19 de agosto de 2021 @ 18:20

    Tem uns cacoetes hipster (“pentelhações sinfônicas de antigamente”) pra não perder a pose. De resto, excelente resenha.

    Reply

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