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37 Comments

  1. Jessiê
    14 de dezembro de 2017 @ 13:03

    Racionais quebrou meus paradigmas em 90, tinha birra de rap paulista (e brasileiro em geral). O FNM e RHCP já tinham flexibilizado o gosto geral da galera metálica (claro que não foram pioneiros mas digo mais pelo Blood Sugar e The real thing) e este álbum em si foi um boom nacional (ninguém ficou imune a Diário de um detento playboyzada tudo virou mano). Altas referências do DJ bem sacadas, um Mano Brown raivoso, involuntariamente carismático, meio gangsta USA na batida uns lances meio som negro americano (soul, funky e tals) bem diferente das batidas das outras bandas (rap é banda? nem sei dizer) daqui da época (tudo meio igual). Não sou expert em rap (muito menos nacional) mas acho a banda muito boa, este provavelmente nem seja meu favorito, mas é muito superior a tudo que já ouvi do BR no estilo e as letras são muito sacadas.

    Nesta época ser mano era estiloso. Tudo mundo queria ser da quebrada, Capítulo 4, versículo 3.

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  2. Jessiê
    14 de dezembro de 2017 @ 13:17

    Minha preguiça com os raps brasucas (paulistas principalmente) é a mesmo com os punks em geral, aquela alienação ideológica toda… O Racionais se destaca sobretudo pelo conhecimento musical da cultura negra (principalmente americana) chega a ser assustador.

    Gabriel Pensador perdeu seu lugar de “rap” preferido da moçada MTV neste álbum “de estréia” do Racionais nesta época. hahaha.

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  3. Cássio
    14 de dezembro de 2017 @ 13:50

    nunca foi a minha mas reconheço o sucesso absurdo desse disco à época e as polêmicas que vieram junto – lembro de uma quando se apresentaram numa festa da mtv. tinha um conhecido que sabia cantar toda “diário de um detento” mas sequer sabia o cep da rua onde morava…kkkkkkkkk

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  4. Tiago Rolim
    14 de dezembro de 2017 @ 17:32

    Ficou um disco maior que a vida! Apesar de terem feito discos antes e sons massa, nada se compara a esse disco. Nem depois. É quase mágico a quantidade de entroncamentos astrais que deram luz a esse disco. Nada fora do lugar, tudo ceeto e músicas e letras eternas. Clássico é quase uma ofensa pertô dele.

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  5. Marco Txuca
    14 de dezembro de 2017 @ 22:52

    Pergunto ao Tiago: e q mais na música brasileira NESSE QUILATE foi feito nos últimos 20 anos?

    Até a Veja fez editorial se cagando de medo da “revolução” da periferia q os caras estariam conclamando. Retórica do medo ñ nasceu ali, mas calou fundo.

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  6. Tiago Rolim
    14 de dezembro de 2017 @ 23:53

    Nada. Desse nível, nada. Tivemos bons momentos com boas cantoras especialmente, mas nada tão arrebatador quanto os mano!

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  7. Tiago Rolim
    14 de dezembro de 2017 @ 23:54

    Pensei agora, em termos de impacto, talvez e só pelo fator novidade, o primeiro de Maria Rita. Mas,convenhamos, é muito pouco.

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  8. Marco Txuca
    15 de dezembro de 2017 @ 02:02

    Se é assim, então a tal MPB tb morreu e esqueceram de enterrar eheh

    Ñ me expressei bem: q álbum ou banda ou artista fez, nos últimos 20 anos, algo minimamente próximo a “Sobrevivendo No Inferno”, q ñ é apenas um disco. É uma biblioteca inteira de Sociologia, um compêndio de Antropologia, uma pós-graduação em música negra (gringa e brasuca) e movimentos sociais?

    Os caras incomodaram e chegaram sem deslumbre: até hj dão entrevista a quem interessar dar. Lançaram o disco por selo próprio e estouraram. (No seguinte, cravaram o preço na capa, pra ñ haver abuso. Genial). Cagaram e andaram pra Globo (p.ex.), fora o episódio memorável, em premiação da Mtv Brasil, em q puseram Carlinhos Brown – entretainer neguinho – em seu devido lugar. Canto.

    ***

    Ñ curto rap, só Beastie Boys e um ou outro de Ice T q tenho por aqui. Ñ domino a semiótica da coisa, e a atitude ROCKER (sim!) deles tomou o lugar da dos roqueiros de proveta (de punheta) q contaminaram o país nos últimos 20 anos. Molecada transgressora hj é toda rapper, e só em parte pelo rap gangsta gringo.

    Mano Brown sozinho é maior q o N.W.A. e Public Enemy juntos.

    E, respondendo a mim mesmo, tenho q o único álbum q chegou um pouco de diagnosticar todo um momento social e político nos últimos 20 anos, foi “Tamo Na Merda”, do Surra, lançado ano passado.

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  9. FC
    15 de dezembro de 2017 @ 10:09

    Discaço, entrou até na lista dos maiores de todos os tempos da musica brasileira pela Rolling Stone. Gostaria de conhecer mais.

    Chefe, que história foi essa com o Carlinhos Brown?

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  10. Jessiê
    15 de dezembro de 2017 @ 13:10

    https://youtu.be/54scSGUSLzQ

    O momento que gerou tudo foi esse. Dizem que tiveram que apartar os Browns nos bastidores. foi muita polêmica na época.

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  11. Marco Txuca
    15 de dezembro de 2017 @ 13:14

    Cria de Gil e Caê q é, quis aparecer pra cima dos Racionais. Ñ deixaram. Memorável.

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  12. Rogério Cruz
    15 de dezembro de 2017 @ 15:07

    Aí, pulamos alguns anos pra frente e o que vemos no estilo? Emicida, Projota, Criolo e uma série de clones dos citados que muita gente no rap ñ curte justamente pela falta de radicalismo (ou algo do tipo). Li que na atualidade quem representa no estilo são as mulheres, buscando inspiração no rap com crítica social que era feito anos atrás.
    Se vcs curtiram o Racionais, talvez curtam o Facção Central, bem mais indigesto musicalmente e, principalmente, liricamente.

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  13. Jessiê
    15 de dezembro de 2017 @ 15:22

    Uma banda que fez relativo sucesso no início dos 90 foi o Câmbio negro, do DF. Sub-raça minha memória afetiva diz ser interessante. Dali saiu o famigerado DJ Jamaica. Não sei se os amigos chegaram a ter contato.

    Pra mim Rogério o “indigesto musicalmente” quase sempre é o limitador, que no caso dos Racionais, nos que conheço, não ocorre.

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  14. Jessiê
    15 de dezembro de 2017 @ 15:27

    Esses que você citou , conheço de ver na tv então talvez seria injusto julgar, mas me parece que falta aquela verdade da rua, que é um feeling latente nos Racionais. Eles fazem música pra quebrada mesmo, geral curte pq é bom, os demais me dia periferia de butique.

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  15. Jessiê
    15 de dezembro de 2017 @ 15:28

    * me soa periferia de butique. Maldito corretor.

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  16. Jessiê
    15 de dezembro de 2017 @ 15:31

    Show do Racionais aqui é tenso. Sai mano de toda quebrada. Show do Emicida é camarote de play.

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  17. André
    15 de dezembro de 2017 @ 16:24

    Vocês discorreram muito bem sobre o legado do artista em questão. Esse disco se tornou algo maior que os próprios Racionais. Nenhum disco brasileiro se equipara em termos musicais e históricos com Sobrevivendo no Inferno. Mas, sou apenas um roqueiro falando sobre um disco de rap mega badalado.

    O que é mais engraçado é a “classe artística” que vive puxando o saco e sendo esnobada pelos manos. Esse episódio com o bosta do Carlinhos Brown é lapidar.

    Noturnall fez uma versão de um som desse disco. Não ouvi e nem pretendo.

    Reply

  18. André
    15 de dezembro de 2017 @ 16:28

    Aliás, os Racionais de certa forma já foram cooptados por essa corja. Basta ver o Mano Brown dizendo que Chico Buarque é o maior compositor do Brasil e fazendo dueto com Belo. Sem contar o episódio lamentável com o Lobão

    Reply

  19. FC
    15 de dezembro de 2017 @ 16:37

    O próprio Mano Brown já disse que meio que se arrepende do radicalismo que eles tinham e por terem sido fechados totalmente em si no começo. Hoje em dia já tem projeto de soul music, aparece mais na TV, está com o discurso mais ameno etc.

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  20. Tiago Rolim
    15 de dezembro de 2017 @ 17:37

    Um dos shows mais barra pesada que fui na vida foi um dos racionais em sp. Mano dava p cortar o ar com faca de tão carregado que tava a parada. Tensão do carai. Nunca senti isso em nenhum, repito NENHUMA show de rock/Metal na vida. E o show foi massa. Mas tenso p carai. Nem bebê, bebi p não vacilar e me fuder de alguma.forma. Vai saber né?

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  21. Marco Txuca
    15 de dezembro de 2017 @ 18:20

    Pegando uma aresta aí, da “cooptação”:

    1) me parece q os caras tinham/têm uma fundamentação fodida em música brasileira. Jorge Ben, Tim Maia (de onde tiraram o nome, aliás) e tal. Se falaram bem do Chico Buarque, me parece menos mal q lamber Caetano ou Gil, q são outra coisa;

    tipo Gil tentar inventar q “descobriu” Chico Science (um pouco mais adiante) ou Caetano hj em dia fazendo shows/discos com tudo quanto é “cantora” nova.

    (aliás, Tiago: aquele teu post Gil/Anitta parece q foi sumariamente erradicado do face, hum?)

    2. Jessiê falava ali em cima de “alienação ideológica toda” dos punks e rappers (aliás, frequentavam a mesma estação São Bento – se retroalimentaram) paulistas… Como assim?

    3. Mano Brown tá tão paz & amor assim? Links, por favor!

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  22. Tiago Rolim
    15 de dezembro de 2017 @ 18:26

    Pode crer. Vai ver o Facebook não gostou de chamar a moça de bunda! Heheheheheh
    Mas quanto ágil e Chico, isso procede. Gil chamou ele p abrir shows dele em 1992! Isso em Recife ainda. E sabemos que o disco só saiu em 1993. As conexões Gil- Liminha dão frutos desde os Paralamas.

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  23. Marco Txuca
    15 de dezembro de 2017 @ 18:53

    Coronelismo esclarecido.

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  24. André
    15 de dezembro de 2017 @ 19:17

    O disco Quanta do GGil é toda feito em cima de ideias do Chico Science. Os caras metem a mão nos outros descaradamente.

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  25. Jessiê
    15 de dezembro de 2017 @ 19:50

    Txuca refiro-me toda aquela ideologia sem sentido, de panfleto barato, vazia. Tipo vote nulo, anarquia já, periferia, mano é mano play é play e só, não vai além de frases feitas desde 1979. Não tem mais uma linha de raciocínio lógico e fundamentação, leitura, argumentação, nada além de, olha só, discursos fascistas e autoritários. Meio coisa de momento, dura uns 2 anos daí vira, outra coisa, emo, evangélico, passinho do Romão, sei lá.
    Refiro-me aquele médio da massa punk mesmo (ou rap) do patrulhamento ideológico, radilcalzão mas geralmente não sabe nem onde está nem quem foi quem…
    Já participei, cabeludo mesmo, de clubes de discussões anarco-punks, libertárias e afins, naquela viagem de unir punks, metals e raps, com shows de todo mundo junto, poesia (e ritmo) encabeçando a organização, zines, cultura alternativa. Enfim, acho que nem precisa discorrer de como tudo se deu e aonde se chegou.
    Claro que tem muita gente esclarecida, musicalmente bem resolvida, engajada e tals. Não sei se me fiz entender sobre a “alienação ideológica”.

    Reply

  26. Marco Txuca
    15 de dezembro de 2017 @ 20:50

    Vc já viu o “Botinada”, Jessiê? De certo modo confirma algumas destas tuas questões. Gente aguerrida, gente hormonal, com gente esclarecida no meio, mas q deu… em muito pouco.

    No máximo, Clemente como aglutinador cultural, Jão e João Gordo como formadores de opinião (consistentes) e Mao (Garotos Podres) doutor em história de Cuba.

    Pessoalmente, acho mesmo uma pena q o punk daqui (q é sonoramente diferente do punk gringo, coisa nossa mesmo) tenha dado em muito pouco. Até porque o “sistema” foi ágil em liquidar: colocando “punks” até em novela global. Coisa e tal.

    ***

    André: nunca tinha sacado essa!

    “Manifesto antropofágico” servindo de álibi pra apropriamento autoritário.

    E q “episódio lamentável com o Lobão” foi esse?

    Reply

  27. Jessiê
    15 de dezembro de 2017 @ 21:32

    Já vi sim e muitos outros… Apesar de diferenças regionais no geral ocorreu tudo mais ou menos da mesma forma, com as devidas proporções.

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  28. Jessiê
    15 de dezembro de 2017 @ 21:37

    Do Lobão foi o lance do livro, o Mano disse que ia dar uma porradas não sei o que… Mas nessa tô com o Mano… Lobão é chato bagarai e fala pelos cotovelos e entre o que fala e o que ele é/foi tem uma distância igual a minha e o dono do Amazon…

    http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2013/05/1272157-pelo-twitter-mano-brown-rebate-criticas-e-chama-lobao-para-briga.shtml

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  29. Marco Txuca
    15 de dezembro de 2017 @ 21:46

    Por sinal, por onde andam Lobão e Roger Inútil Moreira?

    (o segundo seboso, eu até sei: no talk show boçal, como banda de apoio. O primeiro deve ter caído dentro do umbigo, sem conseguir subir de volta)

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  30. André
    16 de dezembro de 2017 @ 12:21

    Lobao lançou um livro novo e parece que quer fazer um CD com versões se hits rock brasuca dos anos 80. Quer regravar Que país é esse? e Bichos Escrotos, por exemplo.

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  31. Marco Txuca
    16 de dezembro de 2017 @ 13:24

    Morreu e esqueceram de enterrar. Já o Mano Brown…

    Lembrei de outro legado “playboy” do Racionais: Marisa Monte tem um filho chamado “Mano Vladimir”. Ou coisa assim.

    Deve já estar grandão e causando nas quebradas da Barra da Tijuca.

    Reply

  32. Antônio Marcos
    16 de dezembro de 2017 @ 14:05

    Racionais é zica.

    Reply

  33. Jessiê
    16 de dezembro de 2017 @ 15:34

    Esse cd do Lobão rolou um veto por causa da versão de ” surfista calhorda” : “Gravada pelos Replicantes em 1985 e lançada no álbum “O Futuro é Vortex”, de 1986, a música é um dos maiores sucessos da banda e teve um de seus trechos alterados por Lobão. Ele trocou “vai pra Nova York estudar advocacia” por “fez matrícula na UFRGS para estudar sociologia”.

    Reply

  34. Marco Txuca
    17 de dezembro de 2017 @ 00:47

    Lixo. E se os gaúchos autorizaram, pior.

    Pior ainda: vai vender nada.

    Reply

  35. märZ
    18 de dezembro de 2017 @ 19:29

    Tô fora.

    Reply

  36. Marco Txuca
    20 de dezembro de 2017 @ 09:49

    Do lobo ou dos racionais em desencanto?

    Reply

  37. märZ
    20 de dezembro de 2017 @ 19:45

    Rap nacionau.

    Reply

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