30 ANOS DEPOIS…

… o q ficou?
PUNHO DE MAHIN
Sesc Pompéia, 08.05.25

Começo a “resenha” pelo fim: os 4 integrantes emocionadíssimos ao final do show, cumprimentando amigos, parentes e público presente (no q incluiu a mim, Debora, o filho dela e meus 2 cunhados) q calculei em 200 pessoas. Numa quinta-feira fria à noite.
Punks das antigas, como Ariel (Invasores de Cérebro) estiveram presentes. E numa entrevista compartilhada por eles em seu Instagram, e q compartilhei por lá com os amigos, a guitarrista Camila fez questão de referendar o passado e o local: estavam tocando no mesmo local d’O Começo do Fim do Mundo, de 1982.
Não é pouco.

Falo de mim: conheci a banda e troquei idéia com seu baixista, Duh, naquele festival em março no CCJ, quando o Punho de Mahin dividiu palco com Ratas Rabiosas, In Raza e Eskröta. Não sabia q eles tinham iniciado atividades no dia da Consciência Negra em 2018. Sequer q já tinham um álbum lançado há 3 anos – tá no Spotify – “Embate e Ancestralidade“.
Agora sei, e corrijo a impressão de banda totalmente nova e recente. Tem chão e alguma estrada. Mas não desmerece o evento, totalmente deles e com o tanto de gente presente ao Sesc.
Era um evento gratuito, o q tb não desmerece. Mas não vi youtubber metaleiro nem resenhista de metal nacional presentes por ali. Por q são punks? Por q são pretos? Por q não teve participação especial de quadros do Angraverso? Tvz tudo isso.
O ranço é meu.
***
A afinidade com o Black Pantera é tremenda, embora sejam mais punks. Camila usava camiseta do Cólera, influência sonora mais evidente. E um pouco menos, o Ratos de Porão do “Crucificados Pelo Sistema“.

É o punk periférico, e agora tb preto, dando a volta em si mesmo e à urgência de seu nascedouro paulistano. “O punk nasceu preto”, dizem. Digo q o punk está RENASCENDO preto, q ótimo. Dois caras, duas gurias mandando ver. Chutando a porta e sem pedir “por favor”.
Foi basicamente uma hora de show, com intervenções dum poeta negro e de um mestre de capoeira – de quem guardei nomes na hora, mas não anotei, daí esqueci… – pra lá de pertinentes. É o punk atualizado, um faça vc mesmo repaginado.
Tb não tirei foto de setlist, mas já reconheci músicas como “Xingú”, “Protagonistas” e “Racistas”. As projeções em telão deram um destaque ao q Natália (boa vocalista) ia descrevendo nas letras. Como quando explicaram quem foi Mahin.
Luísa Mahin, líder da Revolta dos Malês, uma das tantas insurreições populares q a História oficial omite. Pra falar de constitucionalistas (pretos e pobres induzidos por gente rica) anti Getúlio Vargas DERROTADOS, sobra narrativa.
A tese foi dita por Natália, o aparte sobre paulistas 1932 é meu.

O porém veio do som, mal ajeitado. Primeiras músicas, bateria inaudível. Músicas seguintes, bateria e guitarra inaudíveis. Mudamos de posição na platéia, melhorou um pouco. Mas não muito. Defeito grave em relação ao Sesc Pompéia, q não é de falhar em som.
E Duh havia me dito antes (reconheceu a mim e minha camiseta Heineken/Hannemann) q tinham feito passagem de som… Estava melhor no rolê CCJ na Brasilândia, mil vezes.
De qualquer modo, um puta show duma banda q está crescendo a olhos vistos – tocaram ainda ontem no Carioca em festival com Ratos de Porão e The Exploited, vão tocar com o Black Pantera no The Town em setembro, e assinaram recentemente com a Deck Discos – e sem deslumbrar.

Tudo o q conseguirem parece absolutamente merecido. (Aliás, tocaram um som anti “meritocracia” foda tb) e recomendo o Punho de Mahin, ativista e combativo, a quem quiser sacar um novo finalmente vindo.
CHRIS TSANGARIDES
RANQUEANDO HOJE DISCOS PRODUZIDOS PELO HOMEM:
- “Painkiller”, Judas Priest
- “Conspiracy”, King Diamond
- “The Eternal Idol”, Black Sabbath
- “Pink Bubbles Go Ape”, Helloween
- “Thunder And Lightning”, Thin Lizzy
- “Force Of Habit”, Exodus
- “Quartz”, Quartz *
- “Renegade”, Thin Lizzy
- “Tattooed Millionaire”, Bruce Dickinson
- “Facing the Animal“, Yngwie Malmsteen [pra inteirar 10]
*creditado como engenheiro de som. Disco produzido por Tony Iommi
Link pra consulta: https://www.metal-archives.com/artists/Chris_Tsangarides/19496
WhatsAppin’: bateristas em perigo. Foda https://consequence.net/2025/05/alice-in-chains-cancel-show-sean-kinney-medical-emergency
Bateristas em perigo parte II – demitido por WhatsApp https://consequence.net/2025/05/drummer-chris-adler-explains-lamb-of-god-firing
Tem um vídeo. Amor gore. Errado achei o pescoçudo não ter sido juíz de paaaaarghz https://consequence.net/2025/04/couple-gets-married-circle-pit-cannibal-corpse-show
20 ANOS DEPOIS…

… o q ficou?
30 ANOS DEPOIS…


… o q “ficaram”?
EMBATE

versus

INVENCÍVEIS PRA CARALHO
Printado de The Metal Realm, q printou do site oficial do Judas Priest:

20 ANOS DEPOIS…

… o q ficou?
COVERS
Algoritmo me mandou este:
märz me recomendou este:
A versão do Opeth é antiga, lado b de single (“Burden“) de 2008. A do Exodus + Osegueda é de agora.
Impressões por hora:
- Um “calaboca” pra metaleiro q ainda tem nojo de grunge. E uma versão reverente, mas q não sei se acrescenta algo
- Osegueda com passe valorizado: Death Angel + Kerry King + feat. com Exodus. E uma versão melhor q a q o Helloween fez em “Metal Jukebox“
OPTIMUS PRIMUS
Single novo do Primus.
Sem maiores informações sobre álbum novo. Só de q alguém do Puscifer (quem?) e Maynard James Keenan (Tool), auto-intitulado gênio, paricipam.
Preciso ouvir mais pra descobrir onde estão.
Comentários no YouTube divertidos, sortidos e acertados nas referências a Frank Zappa, Rush, King Crimson, The Residents e Captain Beefheart. É o de sempre. Chassi, DNA. Alguém por ali inovando, identificando chupim de Opeth. Sei lá.
Pra mim, o q importa são dois aspectos: 1) parece demais o Primus clássico, até “Pork Soda” – tvz seja o Primus chupinhando Primus ahah; 2) baterista novo, John Hoffmann, tocando como se estivesse na banda desde sempre.
Q inesperadamente foda.