20 ANOS DEPOIS…

… o q ficou?
… o q ficou?
Pior música do Red Hot Chili Peppers? (Uma única resposta aceitável, sem migué)
Pra mim: “Californication”. Pior q bater na mãe e q respostar posts bugados em seqüência.
… o q ficou?
Carioca Club, 15.11.24
Um show estranho em múltiplos aspectos.
A começar pela formação: no cartaz do show, um quinteto. No palco, um quarteto. No som, partes de teclado soando em backing track; solos de guitarra não cometidos pelo – único – guitarrista presente.
O vocalista austero explicou: um tal de Sebastian, outro guitarrista, não pôde estar ali, mas vai estar melhor. Entendi q era problema de saúde, aplaudiram o ausente e vida q segue.
Na verdade, ninguém ligou.
Tvz ninguém se incomode. Fucei há pouco no Metal Archieves e achei uma bagunça o Katatonia. Vocalista meio já foi tecladista, teve baterista q começou vocalista, gente do começo da banda q não faz mais parte, uns quase 20 discos lançados. Dá trabalho ser fã desses suecos.
Quem lá esteve e lotou o Carioca no feriado, insisto, pareceu não se importar com nada disso. Só com as músicas, supostamente 17 e cobrindo meia dúzia de álbuns. Meio ⅓ do q tocaram – 5 sons – do disco recente, “Sky Void Of Stars”, q está pra fazer 2 anos de lançado.
Muita gótica de meia idade no recinto. Alguns gays tb: e quando foi q já vi gay em show de metal?
Aliás, Katatonia é metal?
Meio q sim. Mas meio gótico tb. Bem na beirada entre os estilos: sem depressivismo estereotipado nem metal gótico padrão. Não remete a Sisters Of Mercy ou Type O Negative, bem representado em camisetas.
Tb não lembro de show de metal sem roda. Pessoas estavam ali pelos sons, pelo clima e pra tirar umas fotos. Nessa ordem. Setlists ao final foram disputados como troféu; a moça enjoada q me permitiu fotografar o dela já estava dizendo q era “o último” (SIC), pq precisava trabalhar no dia seguinte. Putz.
A real é q o show do Katatonia, a despeito do público devoto, me pareceu mais coisa de festival. Atração entre atrações. Inclusive pela postura dos suecos, como a dos holandeses do Asphyx na semana anterior, beirando o amador.
Não havia pano de fundo ou arte pra telão: apenas o mesmo logotipo torto exibido o tempo todo. Não havia muito papo nem pose de metaleiro: salvo engano, o guitarrista presente é músico contratado pra tocar ao vivo. Não havia cds à venda, só umas camisetas a preço europeu (140 reais) e um moletom a 240 em tamanho P….
Fiquei sabendo pelo Leo q estavam por aqui desgarrados dum festival chileno, em q estiveram tb o Hypocrisy, o Asphyx e o Satyricon, q passaram individualmente por aqui na mesma semana. Algo q explica um jeitão pouco headliner e tvz a falta de merchan mais robusto.
Pouco importou, reforço.
***
E o som?
Cabe dizer q fui pra conhecer. Nunca tinha ouvido, não fiz lição de casa.
Um som claramente híbrido em q o baterista me chamou atenção. Pela bateria modesta (pouquíssimas peças e pratos), timbrada praticamente trigada (soava eletrônica) e com passagens de 2 bumbos (pedal duplo) e viradas soando “fora”. Daniel Moilanen é o nome do sujeito, e não parecia se importar em tocar grooves convencionais ou compassos compatíveis.
Um misto de Tomas Haake (Meshuggah) com baterista de jazz, cuja peça principal é o prato de condução. Tudo torto e soando errado e/ou fora de tempo.
A hora em q saquei isso, o show me fez sentido. Adotei o modo “vamos ver até o final pra ver onde isso vai dar”, e assim foi. Toca muito o sujeito, mas meio querendo não aparecer e meio alheio às próprias músicas. Q, executadas com 2 playbacks instrumentais, soaram a mim ensaiadas. Algum tipo de virtuosisimo curioso e oblíquo.
O vocalista cantava sem variações, semitonações ou guturalidades. Vai ver, o efeito q pretendem no público é realmente um estado suspenso, uma paralisia catatônica mesmo. E posso testemunhar q fizeram isso muito bem.
E o som não estava alto suficiente pra eu usar protetor de ouvido.
***
E não teve banda q não existe (Genocídio, Sextrash, Necromancia) abrindo, o q achei ótimo.
E era feriado, por isso tive q achar um mercadinho mais distante (Oxxo) pra comprar o kg de arroz do ingresso social, já q o Carrefour de sempre estava fechado.
E acho q posso dizer q já vi o Katatonia, se isso me valer pontos ou prêmio em gincana. E tb registrar q não vou me tornar um fã, mesmo não tendo achado ruim ou aborrecido.
Um evento bacana, em condições idem, mas em show q caberia melhor num fest à Bangers Open Air. Não me passa pela idéia ver algum outro show do Katatonia algum dia.
Meu 64⁰ show este ano. 64 e contando.
Vídeo q se assume IA. Pra lá de convincente:
E não banido (ainda?) pelo YouTube.
A dominação pela robozada passa por mulher pelada na internet. Se é tão “inteligência” assim, por q não adotar outra estratégia?
Ah, já sei: a idéia deve ser bugar geral pela falta de baixista. Sei lá.
… o q ficou?
Ranqueando White Stripes:
WhatsAppin’: o famoso “quem”? https://consequence.net/2024/11/otep-shamaya-retiring-from-music/
Muito bom. https://consequence.net/2024/11/thin-lizzy-album-acoustic-sessions-phil-lynott-vocals/
Roger Waters provavelmente riu até cair https://revistamonet.globo.com/google/amp/noticias/noticia/2024/11/roqueiro-lendario-tenta-vender-sua-mansao-de-r-73-milhoes-e-descobre-que-imovel-pertence-ao-rei-charles-iii-entenda.ghtml